•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo

•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo
•A UMBANDA TEM FUNDAMENTO E É COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO.
Obrigado, meu Deus, pela fé que me sustenta, Pelos amigos que fiz E continuo fazendo. Obrigado, meu Deus, Pelas bençãos de Ogum, Pela proteção de Iemanjá, pelo amor de Oxum. Obrigado, meu Deus, Pela força de Iansã, Pela retidão de Xangô, Pelo colo de Nanã. Obrigado, meu Deus, Pelo equilíbrio de Oxosse, Pelas curas de Omulu, pelas cores de Oxumarê. Obrigado, meu Deus, Pelas folhas de Ossãe, Pelas Crianças que enchem de alegria nossos Terreiros, Pela amizade dos Boiadeiros. Obrigado meu Deus, Pela humildade dos Pretos-Velhos, Pelas Almas Santas e Benditas, Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira. Obrigado, meu Deus, por fazer de mim um instrumento da Tua vitória. Até aqui o Senhor me ajudou! Deus salve a Umbanda!
Ney Rodrigues

RADIO C.E.A.B.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Para os Consulentes - Mitos e Realidade pertinentes a obsessão:


Para os Consulentes - Mitos e Realidade pertinentes a obsessão:
· Mito: Sou uma boa pessoa, não faço mal a ninguém.
Realidade: E desde quando “não fazer o mal” nos dá alguma garantia de que não sofreremos
alguma ação obsessiva? Se nem “fazer o bem, sem olhar a quem” nos dá essa garantia,
quanto mais não fazer o mal.
Se assim o fosse Jesus não teria sofrido nada, não é mesmo?
· Mito: Eu não mereço o que estou passando, isso só pode ser “trabalho feito”.
Realidade: A auto-piedade é porta aberta a ação de obsessor. Com a auto-piedade nunca
achamos que estamos errados, ou se achamos, o nosso erro é plenamente justificado por ela.
Nem tudo é “trabalho feito” mas se você cisma que é e se julga não merecedor do problema
que está passando, você acaba mesmo é realizando (criando, gerando e nutrindo) um
“trabalho feito” contra você mesmo. Pare de lamuriar e reveja a sua vida, as suas atitudes.
Da mesma maneira que nem tudo é “trabalho feito”, nem tudo é obsessão. A obsessão se
caracteriza por uma persistência de sintomas, ou seja, uma perturbação constante. Se a influência é
sazonal não é uma obsessão.
Em resumo essa é a explicação do porque ninguém é inteiramente inocente ou culpado
quando estamos falando em obsessão e baseado nisso tudo é que a Corrente de Desobsessão
trabalha e atua, ou seja, esclarecendo o espírito obsessor e o obsediado, para que o processo
energético que os uniu seja desfeito.

Texto extraido do livro : Umbanda – Mitos e Realidade

Para os Médiuns - Mitos e Realidade pertinentes a obsessão:


Para os Médiuns - Mitos e Realidade pertinentes a obsessão:

· Mito: Minha banda cuida de mim.
Realidade: é claro que a “sua banda” cuida de você. Mas e você “cuida” da sua língua? Você
cuida da sua vida? Você cuida para que seja um bom instrumento de atuação do Astral
Superior, ou se enche de vaidade por ser aparelho de tal ou qual guia?
Senhor(a) Médium, a vaidade é porta escancarada para a entrada de espíritos trevosos que
visam nos desviar do caminho. Toda atenção é pouca.
· Mito: Eu faço caridade, participo das sessões, portanto estou livre disso.
Realidade: participar das sessões, dar passagem para as entidades, guias e protetores nunca
foi “fazer caridade”, mas sim oportunidade de aprendizado e crescimento, pois que o maior
beneficiado é o próprio médium.
Já tive o desprazer de ouvir médium dizendo que está doando o tempo dele, emprestando o
corpo dele para o guia fazer caridade. Quanta vaidade, empáfia e estupidez! Francamente!
Ainda bem que estou encarnada e sei que muito tenho que aprender ainda, pois se sou guia
de trabalho desse médium mandava ele as favas!
Será que ele não vê nunca, não aprende nunca e não sente nunca? Será que está realmente
com “guia na cabeça”? Sinceramente acho que não, pois a bêncão que recebemos ao entrar
em contato com nossos guias e protetores é insubstituível e se renova a cada gira. Esse
médium não merece isso, mas principalmente o guia não merece um médium assim!
· Mito: Se eu estou sofrendo ataque de obsessor é por culpa do terreiro, as defesas da Casa
estão fracas.
Realidade: Isso é passar atestado de incompetência para as suas próprias entidades que
fazem parte da egrégora protetora da Casa em que atua como médium. Nós médiuns é que
ficamos fracos ao ceder às nossas mazelas, ao ceder a nossa indolência. Fácil isso, não?
Culpar o outro por uma fraqueza que é exclusivamente sua!
Os protetores e guias estão constantemente nos guardando e protegendo, mas a intensidade
dessa energia protetora está diretamente ligada a nossa capacidade de nos mantermos
vibracionalmente compatíveis à sua atuação.
· Mito: Faço todos os preceitos direitinho. Em mim nada pega.
Realidade: Olha a “onipotência mediúnica”. Médium que pensa assim, geralmente também
não vê “nada demais” em atender em sua própria residência. Acha que meia dúzia de
orações, pontos cantados e velas resolvem “qualquer parada”. Ledo engano. Isso é vaidade,
pura vaidade!
· Mito: O meu terreiro é forte, resolve qualquer parada.
Realidade: Olha a vaidade novamente!
Fácil também jogar para o terreiro e geralmente para o dirigente a responsabilidade total, não?
Além do mais não é função de terreiro nenhum “resolver qualquer parada”. A força de um
terreiro reside principalmente na qualidade dos médiuns que pertencem ao corpo mediúnico.
Isso explica o fato de muitos médiuns quererem fazer parte de um determinado terreiro,
entrarem, mas não conseguirem continuar nele. “Muitos são os chamados, mas poucos são os
escolhidos”. Terreiro bom não é terreiro cheio de médiuns. Terreiro bom é terreiro que tenha
bons médiuns, ou seja, médiuns compromissados verdadeiramente com o bem, com a
caridade e que buscam constantemente ser um bom canal de comunicação com a
espiritualidade superior.

Texto extraido do livro : Umbanda – Mitos e Realidade

domingo, 25 de dezembro de 2011

A Pressa é Inimiga da Compreensão


É impressionante a pressa que
alguns médiuns iniciantes têm, em mal
entrar em um Terreiro de Umbanda, e já
"Querer Incorporar e Saber o Nome De Seus Guias ".
Entendemos a pressa do médium em "começar
a fazer caridade", mas é fundamental que se entenda
que não é somente "dando incorporação" que a
caridade é feita. Além do mais, se este for mesmo o
tipo de mediunidade da pessoa, há que se esperar
e se certificar de inúmeros fatores antes de
"colocar o médium para dar consulta".
Cabe ao Dirigente explicar e orientar que tudo tem
seu tempo e sua hora, que o desenvolvimento mediúnico
não ocorre exatamente igual com todos... Mas muitas
pessoas ficam dizendo que antes de entrar para o
terreiro incorporavam "por nada", no trabalho,
na escola, lendo, etc, praticamente exigindo ou "culpando"
o Terreiro por não estar incorporando agora.
Por que isto acontece? Simples. Enquanto o médium não
entra para uma corrente, a sua mediunidade
fica absolutamente sem disciplina e sem doutrina, a partir
do momento que ingressa, que passa a fazer parte
da corrente de um terreiro, tanto médium quanto
entidades passarão por um processo de adaptação
e aprendizado, que visa disciplinar tanto um quanto
outro. Além do mais, como ter certeza que era
realmente incorporação e não simples animismo,
ou descontrole emocional e nervoso?
É fundamental esse tempo, para que todas as
orientações possam ser absorvidas e compreendidas.
Apressar qualquer processo de desenvolvimento
mediúnico, querer queimar etapas, que se existem,
são importantes, é certamente colocar em risco
todo o processo de Desenvolvimento.
Lições que deveriam ser absorvidas são apenas
ultrapassadas, sem a devida confirmação de
aprendizado.
Precipitar o processo pode acarretar em
desânimo e frustração no futuro, pode transformar
um bom médium num Mistificador, num vaidoso e
talvez até fazendo com que se desvie do caminho,
culpando a Umbanda pela incompetência do
dirigente em explicar e orientar e do médium em
esperar.
Além do mais, quando isto acontece é justamente para
se ver a determinação do médium, se ele realmente
deseja fazer caridade, Ser Umbandista, ou está apenas empolgado.
Portanto lembrem-se, quando tratamos
de desenvolvimento mediúnico falamos em processo,
onde a pressa é inimiga da compreensão e, conseqüentemente, da evolução.

10 Mandamentos para o trabalho Espiritual


1º - Não se desconectar da matéria. O excesso de
espiritualismo pode criar uma descompensação com
graves prejuízos para a vida pessoal e material
de uma pessoa.

A matéria é tão importante quanto o espírito;
ambos são matizes, graus da mesma manifestação,
nenhum dos dois pode prevalecer sobre o outro. A
ntídoto: Equilíbrio.

2º - Não despertar os poderes antes da consciência,
os poderes estão a serviço da consciência e não é
preciso buscá-la, quando chega o momento, eles surgem
naturalmente, buscar o poder antes de saber é inverter
a ordem natural do processo.

Para que sirvam a consciência, os poderes devem ser
doados a partir de algo além de nossa vontade. Antídoto:
Equanimidade.

3º - Não se fixar em pessoas em vez de em suas informações,
você não monta uma casa em um túnel, ele é só um meio
para se chegar até ela. Quem depende de um mestre volta
a infância psicológica. Em um processo de iniciação ou
terapêutico isso pode ser necessário, mas somente como
uma fase de superar e não como um estado onde parar.
Antídotos: Discernimento e Moderação.

4º - Não sentir excesso de autoconfiança, quem se crê
autoconfiante é uma presa fácil para os “Agentes do Engano”.
Quem crê demais na própria capacidade está fadado a
equivocar-se. Antídoto: Desconfiar de Si Mesmo.

5º - Não sentir-se superior. Nunca julgue que a própria
linha de trabalho é superior as demais, essa superioridade
é a antítese do esoterismo, que afirma justamente a
onipresença da consciência em todos os seres e caminhos,
e esta postura desconecta uma pessoa das autênticas
correntes da consciência amplificada e é o ponto de
partida para a via negra. Antídoto: Equidade.

6º - Não se deixar levar por impulsos messiânicos.
A vontade de salvar os demais é uma armadilha fatal,
sua tela de fundo é a vaidade e a insegurança, essa
fobia paranóica rompe com os canais de conexão como
mestre interior, bloqueia o processo de auto conhecimento
e lança a espiritualidade numa espiral involuta.
Antídoto: Confiança na Existência.

7º - Não tomar medidas inconseqüentes. O entusiasmo pode
levar uma pessoa a romper com seu circulo profissional e
familiar sem necessidade.Com o “Fluir” ou o “Fechar os Olhos e Saltar”-
axiomas que só deveriam ser usados em situações muito especiais,
os idiotas mais entusiasmados do mundo esotérico incentivam os
recém-chegados a se arrebentarem logo na largada. Antídoto:
Responsabilidade Serena.

8º - Não agir com demasiada rigidez. Encantada com as
novas informações que lhe ampliam a consciência, uma pessoa
pode-se tornar intolerante, ela tem a tentação de impor
sua forma de pensar e seus modelos de conduta aos demais.
Limitando sua capacidade de ver a partir de outras perspectivas,
ela perde o acréscimo de consciência que havia conquistado.
Antídoto: Tolerância e Relaxamento.

9º - Não se dispersar. Estudar ou praticar demasiadas
coisas ao mesmo tempo sem aprofundar-se em nenhuma delas
leva a uma falsa sensação de saber. Nessa atitude,
pode-se passar uma vida inteira andando em círculos,
enquanto se faz passar por sábio. Antídoto: Concentração.

10º - Não abusar. Manipuladas, as informações espirituais
servem de álibis ou justificativas convincentes para os
piores ativismos. Usar essas informações para fim muito
particular é um crime. Ninguém profana impunemente o que
pertence a todos.

Antídoto: Retidão e Integridade.


“Equilíbrio, Equanimidade, Discernimento e Moderação, Equidade,
Tolerância e Relaxamento, Confiança na Existência,
Responsabilidade Serena, Desconfiança de Si Mesmo, Concentração,
Retidão e Integridade é a grande proteção daqueles que se
aventuram pelo mundo espiritual e esotérico, por outro lado,
quem se assegura dessas qualidades pode fazer o que quiser
neste campo que estará sempre num bom caminho”.


Sarava Umbanda!

Desenvolvimento Mediunico na Umbanda


Com muita freqüência, vemos que os médiuns iniciantes
Na Umbanda têm pressa na prática do exercício de sua
Mediunidade seja da incorporação, de vidência,
De psicografia, entre tantas outras faculdades, o que o
Médium aprendiz deseja é começar logo na prestação
De sua caridade espiritual, além de querer conseguir
Sua total evolução em um período curto de tempo.
Antes de tudo, deve-se saber que o processo de
Desenvolvimento das faculdades mediúnicas se dá
Individualmente e que cada indivíduo tem seu tempo,
Não existindo regras quanto à estipulação de tempo
Para as faculdades mediúnicas, sendo, portanto, cada
Um responsável pelo seu próprio desenvolvimento
Espiritual, e cada qual com seu tempo.

Outro ponto a ser abordado, é que, jamais um dirigente
Espiritual centrado fará ser apressado este processo,
Que Via de Regra é lento e acima de tudo individual,
Também não se quer ver o médium iniciante
Atropelando-se nas etapas necessárias ao perfeito trabalho
Mediúnico, pois o que se objetiva não é apressar
Ou tornar madura a mediunidade precocemente, sem que
Antes, haja o estudo mediúnico aliado à prática
Experimentada da faculdade mediúnica.

Deve haver ainda, a sapiência e a consciência do Médium
Sobre os atos, preceitos e fundamentos litúrgicos Da Umbanda,
Antes por exemplo, de se ver um médium de Incorporação
Consultando, este deve estar capacitado e apto Ao trabalho
Mediúnico, e estes fatores só terão êxito se houver Juntado com
A prática do desenvolvimento, o estudo, pois Sem ele, não se
Conseguem princípios basilares para o trabalho
Mediúnico adequado.

Ademais, o estudo é imprescindível para o regular e constante
Desenvolvimento do médium seja ele iniciante ou não, afinal
Jamais se saberá de tudo, e por isso deve-se buscar a constante
Atualização nos materiais sobre o que se pretende aprender.

Comumente relatos de médiuns iniciantes mostram que certos
Médiuns, antes de trabalharem na corrente de Umbanda
Apresentavam incorporações desordenadas constantes,
Visões a todo instante, ouviam e sentiam muitas coisas,
E que, após a entrada para o ofício mediúnico na Casa de
Umbanda, essa intensidade diminuiu muito, chegando em
Alguns dos casos até extinguir-se. Os Guias e Mentores de Luz
Entendem que estas sensações de desequilíbrio e desarmonia
Que antes eram sentidos pelo médium sem terreiro, não mais
São necessárias novamente, eis que estes desequilíbrios
Aconteceram para que o indivíduo se conscientizasse
Sobre seu caminho espiritual, acerca de Deus, da Caridade,
Do seu real objetivo na Terra, e obviamente de seu Karma
Espiritual. Porém esta conscientização só se dará por meio
De estudos.

Reflitamos e entendamos então, que só por meio do estudo
Conseguiremos entender mais sobre estas indagações acima expostas,
E só com a prática habitual do estudo cominada com a prática
Empírica da mediunidade poderá ter a excelência na prestação
Do ofício mediúnico, e no tão pretendido desenvolvimento
“completo” das faculdades mediúnicas. Paciência, estudo,
Concentração, disciplina servirão e muito para galgar o rápido
Desenvolvimento.


Postado por

AS QUEDAS DO MÉDIUM NA UMBANDA


Os médiuns na Umbanda e em outras correntes, também,
Costumam cair ou baquear por três coisas:
a) Excesso de vaidade
b) Ambição pelo dinheiro fácil facultado pelo mau uso da
Mediunidade
c) Sexo, ou seja, ligações amorosas nas dependências do terreiro
Temos observado, verificado mesmo, que muitos médiuns dentro
Do 1º e 2º caso, costumam voltar à linha justa, depois de
Convenientemente disciplinados pelos seus protetores. Para uns,
Apenas alguns trancos duros os consertam; para outros, faz-se
Necessários severos castigos etc, para se reintegrarem e
Finalmente receberem o perdão, visto terem deixado de lado
Tanta vaidade oca e prejudicial e tanta ambição pelo dinheiro fácil,
“do santo”…
Porém, no 3º caso, o perdão - salvo condições excepcionalíssimas
– é difícil, é raro… Quando, por via das condições excepcionais em
Que conateceu o erro, alguns têm sido perdoados de conseqüências
Maiores, mas uma coisa é certa: - geralmente são abandonados pelos
Seus protetores, isto é “o caboclo, o preto-velho” não volta ao exercício
Mediúnico com eles - os médiuns que decaíram pelo sensualismo, pelo
Desrespeito às coisas espirituais de seus Terreiros ou de seus “congás”
E, portanto, sagradas…
Não adianta a esses tais “médiuns-decaídos” quererem empurrar
Teimosamente, nos outros, “o seu caboclo, o seu preto-velho”…
Uma mancha negra persegue-os, não se apaga ninguém se esquece
Do caso e, no fundo, ninguém acredita neles e mesmo os de muita
Boas vontades acabam sempre duvidando de suas “mediunidades,
De seus protetores etc”…
Sabemos que a maior regra, a maior força que existe para um
Médium segurar por toda sua vida terrena a proteção de suas
Entidades afins, é a sua conduta reta em todos os setores, é a sua MORAL,
Especialmente no seio familiar…

Allan Kardec - Livro dos Médiuns, fala sobre isso também, de outra forma.
Vejamos:
2ª Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade?
“Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o
Concurso simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem
Sempre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os
Espíritos não mais “querem, ou podem servir-se dele.”

3ª Que é o que pode causar o abandono de um médium,
Por parte dos Espíritos?
“O que mais influi para que assim procedam aos bons Espíritos é o
Uso que o médium faz da sua faculdade. Podemos abandoná-lo,
Quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos;
Quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós
Produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que têm necessidade
De ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao
Médium para seu deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições,
Mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos
Homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não
Corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos
Conselhos que “lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno.”

A suspensão da faculdade não implica o afastamento dos Espíritos
Que habitualmente se comunicam?
“De modo algum. O médium se encontra então na situação de uma
Pessoa que perdesse temporariamente a vista, a qual, por isso, não
Deixaria de estar rodeada de seus amigos, embora impossibilitada
De vê-los. Pode, portanto, o médium e até mesmo deve continuar a
Comunicar-se pelo pensamento com seus Espíritos familiares e
Persuadir-se de que é ouvido. Se for certo que a falta da mediunidade
Pode privá-lo das comunicações ostensivas com certos Espíritos,
Também certo é “que não o pode privar das comunicações morais.”

Por que sinal se pode reconhecer a censura nesta interrupção?
“Interrogue o médium a sua consciência e inquira de si mesmo
Qual o uso que tem feito da sua faculdade, qual o bem que dela tem
Resultado para os outros, que proveito há tirado dos conselhos que se
Têm-lhe dado e terá a “resposta.”


Postado por UMBANDA CAMINHO DA FÉ às 18:29

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um passo de cada vez


O desenvolvimento mediúnico é como o desabrochar de uma flor: um fenômeno sutil, que acontece dia a dia, sem milagres ou grandes saltos em sua evolução.

Desenvolver a mediunidade é um processo que começa interiormente, buscando a melhora íntima e o desenvolvimento das virtudes superiores, pois apenas através delas, acessa-se o padrão de sintonia ideal com os bondosos mensageiros que a Luz envia.

Mediunidade não é um bem para envaidecer-se, nem uma atividade que tem como objetivo matar o tempo ocioso dentro da matéria. É sim, um trabalho sério, que exige disciplina e maturidade, compaixão e carinho, para que o trabalho não se perca nas áridas ilusões do materialismo exacerbado.

Todo servidor mediúnico é uma ponte de ligação entre os planos mais
sutis e a matéria. É uma porta de acesso. Mas, caso essa porta seja aberta, o que transitará por ela?

Em verdade, o médium antes de ser elemento passivo na comunicação espiritual, é elemento ativo no processo de sintonia com as forças superiores.
A manifestação mediúnica é impressa sobre o conteúdo anímico que todo médium traz, em sua mente e em seu coração.

Por isso o grande esforço dos mensageiros da luz, para que antes das faculdades mediúnicas desabrocharem por completo, o médium passe por um período longo de desenvolvimento, onde suas capacidades acompanharão a própria evolução interna da alma, predisposta ao trabalho de intercâmbio espiritual. A todos esses irmãos, que buscam na mediunidade, um oportunidade de trabalhoredentor, deixamos os seguintes conselhos:

Utilizem-se sempre da palavra amiga, para que a psicofonia reflita os
sentimentos trazidos no coração.

Tenham olhos bondosos, que antes de procurar os defeitos alheios, sirvam para a compreensão dos próprios erros, fazendo da clarividência uma ferramenta para o autoconhecimento.

Santifiquem suas mãos com o trabalho honesto e edificante, para que elas possam trazer, através da psicografia, as palavras do mais alto.

Façam com que suas atividades diárias sejam norteadas pelo bom-senso e
pela alegria, aumentando a lucidez fora do corpo, quando das excursões
noturnas enquanto o corpo físico descansa.

Escolham bem as conversações as quais participam, para que seus ouvidos possam ouvir o sutil.

Cultivem pensamentos elevados e carinhosos em relação ao semelhante, para que a intuição flua, como um rio de bênçãos, a cair do altíssimo.

Não julguem com maldade e extremo rigor as manifestações mediúnicas do
próximo, para que não sejam traídos pelo animismo não edificante.

Lembrem-se que o mesmo rigor, descaso e sarcasmo destinado ao irmão, um dia poderá ser destinado a vocês.

Estudem, leiam e se instruam, mas não se envaideçam, pois os verdadeiros
tesouros espirituais trazemos no coração.

Cuidado com o mau-humor. Ele acaba com qualquer tentativa de contato
espiritual elevado. Manter-se sereno e equilibrado perante as pelejas do dia a dia é a maior prova de espiritualização que o ser pode dar.

Sejam simples. Não busquem o fenômeno ou o “show mediúnico”. Busquem
sim, o esclarecimento, os ensinamentos elevados, o consolo e a fraternidade
com os irmãos mais necessitados.

Cuidado com os excessos, trilhem o caminho do equilíbrio, para que suas
companhias espirituais também sejam equilibradas.

Façam da oração uma manifestação de fé e confiança verdadeira nas forças
celestes, para que o amparado delas nunca falte.

Não se martirizem, nem se tenham como pecadores. Ninguém é perfeito,
todos temos acertos e erros, débitos e créditos. Trabalhem e perseverem. Sejam críticos, mas não exagerem. Melhore na medida do possível e não se cobre uma postura impossível em relação à vida.

Cada um tem o que merece. Aceitem suas vidas, suas dificuldades, seus
problemas, pois eles estão aí por única e exclusiva responsabilidade sua.

Por último, confiem mais em si mesmos. Não desanimem com a aparente falta de evolução em relação a mediunidade. Como dito anteriormente, o processo
é lento, sem saltos ou rápidas transformações. Um passo de cada vez. O caminho é longo, mas todos temos a eternidade…

A simplicidade da umbanda


- umbanda não é grandiosidade de magos, é diminuição de vaidades frente às equânimes leis evolutivas;
– umbanda não é mistério, é simplicidade;
– umbanda não tem magno trono, tem toco de preto velho;
– umbanda não tem cetro de poder, tem o balanço do caboclo;
– umbanda não dá curso pago, ensina gratuitamente os segredos;
– umbanda não tem pastor de rebanhos, conduz à auto-iniciação resgatando a criança divina interna de cada um;
– umbanda não tem insígnia sacerdotal que exalta, sim vontade de servir o próximo que iguala;
– umbanda é caridade e não mata pelo orixá, ela vivifica os seres na vibração de exu-guardião;
– umbanda só tem um maioral, Jesus, o Mestre dos mestres, que se igualou aos excluídos dos templos e religiões de outrora.

Impressões de um médium de Umbanda


Sentados nas fileiras dos consulentes, olhamos para dentro do congá e vemos nestes médiuns a espiritualização que almejamos.


São como que mensageiros, verdadeiros anjos, seres especiais, com uma grande missão: amparar e ajudar a humanidade! Por estar próximo a estes seres humanos diferentes sentimos a grande aura do espírito que se comunica, e um facho da essência de DEUS. Médiuns de UMBANDA e suas entidades, para quem olha de fora são médicos de DEUS, com poder de abrandar nossas dores físicas e curar os males do corpo. São advogados dos CÉUS, com missão de fazer a justiça de que necessitamos. São senhores da MAGIA capazes de transformar pó em ouro, escriturários em doutores, auxiliares em chefes, indiferença em AMOR, ignorância em SABER. É ISTO MESMO?


Sentado nas fileiras dos consulentes, é isto mesmo!


Após adentrar para a corrente mediúnica observo como os médiuns de UMBANDA são pessoas comuns, com profissões comuns, com vida comum, pensamentos comuns. E em alguns casos me decepciono por que alguns guardam mágoas, são vingativos, fofoqueiros, maledicentes, orgulhosos, vaidosos, e indiferentes ao que acontece no astral. Como entender isto? Em pessoas especiais, médiuns que acoplam em seus corpos seres divinos, como entender que os conselhos, a sabedoria, a determinação e a coragem de seus guias não transformem seus mentais, não toque em seus corações, como entender isto?


Não espere resposta a este conflito nas próximas linhas, pois eu não entendo! Mas, refletindo sobre isto, um destes enviados divinos assopra aos meus ouvidos: Lembra-se do que é merecimento, liberdade de escolha, dívidas passadas, carmas e justiça divina? Lembra-se filho?


Conforme vamos seguindo neste caminho escolhido, o “caminho espiritual”, começamos a entender algumas das máximas Umbandistas de uma maneira intima: umbanda é a escola da vida, acolher a todos e a nenhum virar as costas, aprender com quem saiba mais ensinar a quem saiba menos.


Dentro do terreiro é o melhor lugar para exercitar a tolerância, aceitar as diferenças, propagar o perdão, respeitar os diferentes níveis de cada um, seja social, cultural, moral ou evolutivo. É o lugar certo para se aprender que a justiça divina existe e a esta justiça não se contesta, se aceita, pois desconhecemos os direitos e deveres de cada um perante DEUS.


E justiça não é aquilo que nos favorece, justiça é algo de DEUS para com todos.


O caminho espiritual é um caminho solitário onde alguns são tocados e outros não, mas todos estão no caminho e em algum momento nesta caminhada, em diferentes épocas e estágios, todos deveram ser tocados pelo respeito às diferenças e pela aceitação das mesmas. Além da resignada lição de todos os dias que a escola da vida nos ensina.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O que são Entidades Espirituais?


Como já lemos as funções de algumas linhas de entidades da Sagrada Umbanda,
agora, vamos saber o que são essas Entidades Espirituais.
Entidades espirituais é o nome dado a todos os espíritos
que estão em uma determinada faixa de vibração astral que
atuam dentro da Umbanda.
Esses espíritos são levados a fazerem parte de uma falange ou
agrupamento de espíritos, conforme seu grau de evolução
espiritual a fim de atuarem, aprenderem e evoluírem espiritualmente.
E ainda, esses espíritos podem v ou voltar a
reencarnar ou evoluir em um plano superior.
São as entidades que incorporam na Umbanda,
uma vez que os Orixás não incorporam.
Esses espíritos veem a Terra para executa
r os trabalhos ordenados pelos Orixás.
A falange chamada de “Sete Linhas”,
constituída por Oxum, Iansã, Nanã, Iemanjá, Xangô, Obaluaê, Omolú –
são espíritos de grande evolução que incorporam na Umbanda trazendo
a energia direta do Orixá
, ou seja, esses espíritos evoluídos são Caboclos,
não o Orixá propriamente dito.
O culto do Orixá, a famosa energia da natureza,
é desenvolvida pela religião de Nação,
onde esses Orixás, forças da natureza se manifestam
em seus filhos iniciados nas diversas nações da religião dita como afro.
Voltando a Sagrada Umbanda, após uma simples
explicação sobre Entidades Espirituais e Orixás.
As Entidades Espirituais que trabalham na
Umbanda se dividem em dois graus hierárquicos:
- Guias: São espíritos que podem ou não ser chefes
de falange ou legião. São aqueles
comuns dos terreiros de Umbanda, Eles, juntamente
com seu médium trabalha pela caridade,
independente dos tipos assuntos levados pelo seu consulente.
- Protetores: São espíritos que podem ou não incorporar,
depende de sua vontade. Esses espíritos Protetores
são de uma evolução muito grande
e vivem em plano astral superior. São conhecidos também como “guardiões”.
E ainda, para melhor entendimento, esses espíritos protetores
são os primeiros de cada falange,
ou seja, o primeiro da criação. Muitos deles passaram pela
reencarnação milhões de anos,
em épocas diferentes para terem a
experiência aqui na Terra, como seres humanos.
Mas, ao desencarnarem como todos retornam a
sua morada no plano superior e
voltam atuar como protetores ou guardiões.
Os grupos dos Espíritos Protetores se dividem em “falangeiro”, sendo que cada guia,
chefe ou não de falange utilizam o nome do primeiro da criação.
Um exemplo para compreender
melhor os dois grupos, temos a grande e
famosa Falange dos Exus Caveiras –
Existiu e ainda existe o primeiro da criação de cada grupo,
que sempre atuou no plano astral como guardião.
Os espíritos Protetores são:
Exu Caveira, Exu Tatá Caveira, Exu João Caveira, Exu Caveirinha,
Exu José Caveira, Exu Rosa Caveira, entre outros –
Essa falange possui seu “falangeiros”
que utilizam seus nomes e respondem pelo primeiro da
criação, ou seja, muitos deles, em sua maioria são
Guias Espirituais e lembrando, nem sempre sabemos
que esse ou aquele Exu é o primeiro da criação ou não.
Nesse caso, o Guia Espiritual atua no terreiro de Umbanda
para evoluir e colaborar com a evolução de seu médium, mas sempre
agindo conforme o primeiro da sua criação.

Magia na Umbanda


A umbanda é magia: magia não é privilégio de ninguém. Magia é a arte de manipular a natureza criando campos de força. E é exatamente isso que fazem os Guias nos Templos Umbandistas. Juntam elementos para criar, desde um simples patuá, até uma enorme energia positiva para destruir outra da mesma intensidade, criada por espíritos malignos. Magia não tem receituário nem dicionário. Magia é magia. Apenas é lamentável o mau uso do termo magia.

Todas as pessoas que trabalham na Umbanda são pequenos magos. Uns conscientes e outros inconscientes, mas, direta ou indiretamente, praticam a magia. Por ignorância tem gente matando cabritos, comendo carne crua e alguns, pasmem, praticando a magia do sexo, esta a mais burra e inexistente magia. São pessoas desorientadas e pervertidas usando o nome da magia para saciar seus instintos grotescos. Isto nada tem a ver com a verdadeira magia e muito menos com a Umbanda. Os Guias são sábios magiadores do BEM.



Magia do álcool

A cachaça, o vinho, a cerveja e etc..., têm função magística. No plano astral, servem para fins que fogem, na maioria das vezes, completamente à nossa compreensão. Pela volatilidade do álcool, apresenta eterização para desintegrar morbos e campos de forças mais densos. Espírito não vem no terreiro para beber. Um Exu Senhor Tranca Ruas das Almas, inquirido sobre a necessidade do espírito beber respondeu: - “se quisesse beber não viria nos terreiros. Iria freqüentar os bares onde vivem os alcoólatras e lá arranjaria um copo-vivo (ermo usado para aqueles que são dominados por espíritos viciados em bebida).

Aqui vale um ensinamento. No mundo espiritual existe o principio da lei dos semelhantes, ou seja, o semelhante atrai o semelhante. Todo homem embriagado quase sempre está acompanhado de um espírito semelhante. O grande problema é que, como o espírito não pode ingerir a bebida, ele aspira, para sua satisfação, a emanação do álcool, razão pela qual o bêbado (copo-vivo), ingere enormes quantidades de bebida. Uma parte para ele e outra para o espírito. Interessante que esses espíritos protegem o seu doador, bem como nós fazemos com o copo que nos serve para beber água, mas quando não mais lhe serve, abandona a criatura em estado deplorável.

Magia da fumaça

Todas as religiões do mundo usam a fumaça como depurador das energias. A defumação é sagrada e consagrada pelo mundo inteiro, desde os monges tibetanos até os padres católicos. O turíbulo do Guia é o charuto, o cachimbo ou o cigarro.... Faz parte da cultura indígena e, por extensão, da umbanda. Não devemos confundir a fumaça do charuto com a defumação através de ervas ou bastões cheirosos. Ambos têm funções importantes na religião, mas são usados de forma diferente. Não devemos esquecer os vários tipos de fumaça usadas pelos espíritos. Além do charuto, o cachimbo do preto-velho, o cigarro comum das pombas-gira e alguns exus, também produzem o mesmo efeito.

Aqui cabe a mesma consideração, espíritos guias não fumam. A fumaça que se eteriza é que tem função magística...



Magia do som e do movimento

A música foi feita para as pessoas se amarem. O som mexe nossos sentimentos. E também fazia parte da cultura dos índios. É um mântra. Mas não é só isso. O som repercute no éter. Ele vibra. A fala mansa domina e a fala grosseira irrita. Ele tem um equilíbrio, regulando nossas emoções. Quando ouvimos uma música forte, sentimos força interior. Ficamos mansos e dóceis ao som de uma música suave. Quem não se lembra da suavidade da canção de ninar docemente cantadas por nossas mães? E quem não se lembra dos sustos e medos passados na infância por gritos histéricos de alguém? Imaginem estarmos sentados à beira de um rio, olhos fechados, ouvindo o gostoso barulho da água formando pequenas marolas, ainda premiado com o canto de um sabiá e outros pássaros e uma pequena brisa nos refrescando. É um sentimento ligado ao som e ao movimento. Agora estamos voltando para casa. Os carros em sentido contrário fazendo o ruído na janela, a buzina dos apressados motoristas tentando a ultrapassagem, com o som ligado em volume máximo, tocando um pagode imoral desses conjuntos comerciais ou as barulhentas guitarras dessas bandas histéricas. Nossas emoções, com certeza, serão diferentes.

O movimento tem o mesmo efeito do som. Reparem que um andar seguro, calmo e firme transmite uma personalidade segura. Um andar desordenado e atabalhoado agita as energias em sua volta. Vejam um exército marchando. O garbo dos soldados emociona a todos. Falei do andar. E a dança! Quantos efeitos ela causa. Quando se fala em espiritualidade nosso parâmetro é Jesus Cristo. Jesus era um homem sereno, de andar firme, gestos harmoniosos e voz suave, pausada e clara, o que em absoluto me faz pensar fosse um homem triste. Ao contrário, imagino tenha sido um homem levando sempre um sorriso a todos, mas nunca deve ter dado uma gargalhada. Nas suas caminhadas não devia cansar, pois seus passos deveriam ser firmes e uniformes, sem jamais correr. Se alguém me perguntasse qual o movimento mais equilibrado que pudesse conceber, responderia, sem hesitação: o levantar do braço de Jesus Cristo acompanhado de sua firme voz.

Assim devem ser os Pontos Cantados e as danças na Umbanda. Se os pontos não forem cantados dentro da sua harmonia, com a mentalização sagrada e religiosa de quem vibra mentalmente nas irradiações dos Orixás e Guias, se tornam um amontoado de sons, sem repercussão magística. É necessário que os pontos sejam mântras, cantados com respeito, amor e vibração. Não se trata de formar um coral ou de se fazer uma apresentação vocal. Trata-se de concentração, respeito e amor naquilo que se está fazendo: invocando, louvando e irradiando caritativamente as vibrações sagradas ou Guias de Trabalho da Umbanda.

O mesmo podemos dizer da dança, que deve ser invocatória, harmonizada pelos gestos às vibrações invocadas. Isto acontece na maioria dos ritos religiosos, principalmente no Oriente. Canto e dança no louvor e invocação do sagrado.



Magia da guia

A guia é um elemento de ligação entre o médium e o espírito ou vibração. Imanta-se um campo de força nela centralizado, criando uma eficiente proteção contra eventuais energias negativas.

Ela se torna um pára-raios, ou melhor, um pára-energias. Às vezes ela arrebenta pela atração de energias negativas e forte. Essa pequena guia serve para o médium, como para invocar e atrair energia negativas, num ato de caridade em relação aos outros. Elas devem ser fechadas com duas firmas que concentram a polaridade positiva e negativa. Poderão ter, presas, uma cruz de aço, ou outro emblema ou ponto riscado dado pelo seu Guia, ou Guia da casa em que você trabalha.

A guia deve ser feita de acordo com a vontade do Guia que a solicite. Guia não é colar e, muito menos, enfeite. Existem vários tipos de guias. As guias dos orixás do médium, que são feitas com contas da cor cultuada pelo terreiro. São contas de cristal ou louça, e suas miçangas podem ser distribuídas com bom gosto. Mas jamais exageradas ou grande. Deve ser usada pendurada no pescoço e nunca atravessada no ombro, pois isto é coisa para quem tem cargo e assim é determinado. Atravessar Guia simboliza chefia. As guias podem conter sementes de capiá, também conhecida como lágrimas-de-Nossa-Senhora, outras sementes como coronha (olho-de-boi), bambús, olho de caboclo, conchas e outros elementos marítimos e até penas coloridas, tudo de acordo com a solicitação da entidade, autorização do Templo e conforme a sua origem.

Os pretos-velho, normalmente, são mais simples em suas guias. Gostam de muita simplicidade e preferem a guia inteira de sementes de capiá e poucos elementos.



Magia do ponto riscado

A sagrada grafia dos orixás serve para identificar o espírito comunicante, para chamar falanges e construir campos de força.

Através do Ponto riscado a Entidade se identifica e cria o campo energético de trabalho da sua vibração. Quando uma Entidade risca o ponto ele exerce uma atividade magística de identificação, para o campo astral, de suas ordens e comandos de trabalho (se identifica), pede licença para trabalhar dentro dessa vibração e mantém o pólo magnetizador que atrai energias pesadas, neutralizando-as e envia energias saudáveis ao consulente.

Os Pontos riscados são também usados na invocação das Vibrações dos Orixás e para a formação das Mandalas magísticas de trabalho em prol da caridade.





Magia do Templo Umbandista

O Templo Umbandista é a casa santa dos umbandistas. Nele se concentram todas as energias dos Orixás e Guias. Suas firmezas, o Congá, o Santuário, a Casa dos Exus, o respeito dos freqüentadores.

É o lugar onde cultuamos e desenvolvemos nossa espiritualidade através do emocionante encontro com o mundo dos espíritos, o outro lado da vida, a nossa Aruanda.



Magia da Disciplina e da Hierarquia

Uma pessoa muito culta me disse um dia: "gostei muito da Umbanda. Lá todos são deuses, ou seja, todos têm condição de fazer o milagre." A hierarquia na umbanda é respeitadíssima por todos os participantes. O pai (Babalorixá) dita as regras e a filosofia da casa, os pais e mães-pequenos são seus auxiliares diretos, as Ekédis cuidam da gira e dos médiuns e os ogans cuidam da disciplina e do conjunto de instrumentos usados no terreiro. Sobre a obediência à hierarquia o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse: quem não sabe obedecer, jamais poderá mandar. Este conjunto de respeito forma a união e a integridade mágica da casa espiritualista de Umbanda. Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior. O que parece, às vezes, exagero do Pai ou Pais e Mães pequenos no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas ou conversas fúteis, constitui-se, na verdade, no grande para-raio ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que, em nome de uma suposta caridade sentimentalóide e adocicada, atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e queda da Casa Umbandista. Todo cuidado é pouco. Não importa que agrade ou desagrade. Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério e a verdadeira espiritualidade, que conduz à evolução, compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade e a ignorância são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para a produção de parada ou desmoralização de um Grupo Espiritualista.

Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que : "Caridade sem disciplina é perda de tempo".

A corrente é a grande força do Templo Umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: "Ninguém é tão forte como todos nós juntos".

Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, e evitar-se-ão problemas futuros, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.



Magia do Congá

O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.

É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.

É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.

É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.

É Expansor pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.

É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.

É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).

O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão da espiritualidade.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

PERGUNTA: A incumbência de dirigente de Umbanda, como denominam popularmente de Pai ou Mãe de terreiro, é carma ou mérito?


VOVÓ BENTA: Nega véia costuma dizer que a maioria dos presentes que ganhamos tem o papel do pacote mais bonito do que o conteúdo. E esse é um deles. O médium que recebe da espiritualidade a missão de dirigir um agrupamento de outros médiuns, o faz, em primeiro lugar por necessidade de evolução e em segundo lugar porque possui a confiança daqueles que lhe dão tal incumbência.

Vamos falar daqueles que receberam a missão do plano espiritual, projeto realizado antes de sua encarnação na terra e não daqueles dirigentes " feitos" em cursos.

Tarefa mediúnica das mais difíceis e que exige dedicação total daquele espírito reencarnado, além de dose extrema de paciência, perseverança, humildade e amor. Mas ao mesmo tempo, exige dele também pulso firme e forte personalidade para impossibilitar que sua colheita seja prejudicada pela invasão das pestes.

A dificuldade de cumprir a tarefa de dirigente sempre se acentua dentro do terreiro, com os médiuns e muito pouco na caridade com o povo. Todo médium de tarefa, é um ser encarnado para curar seu espírito endividado e o terreiro é o hospital onde vai se internar por um longo tempo de sua vida na terra. Sabemos que a maioria dos pacientes são impacientes, não é mesmo? E aí é que complica!

O dirigente também não deixa de ser um doente que além de se tratar, agora pode estagiar ajudando aos médiuns de sua corrente " hospitalar". Isso não o coloca como um semi-deus perfeito do qual não se admitem mais erros, muito menos como alguém que tudo pode, em qualquer hora e em qualquer situação.

Dele será exigido posturas mais firmes bem como entendimento mais apurado. Ele deverá se aprimorar constantemente com estudo e reforma íntima, exigindo da corrente igual compromisso. Tais posturas serão necessárias em função do tamanho de sua responsabilidade e dentre elas está a de cortar o mal pela raiz, priorizando sempre a corrente como um todo, sem privilégios a quem quer que seja.

Ao assumir tal posto diante da espiritualidade, antes de reencarnar, já estará consciente de que sua vida não será " comum" e que certamente terá que abdicar de muitas coisas materiais, em favor do lado espiritual.

O termo Pai e Mãe agracia o médium com a postura de se colocar como tal, amparando, educando e auxiliando a corrente como verdadeiros filhos de seu coração. Tarefa mais difícil ainda, pois esses " filhos" não vieram de seu ventre e não nasceram ontem. São adultos, viciados e com personalidade formada. Cada um com seus egos aflorados, com suas necessidades de reformulação e o fato de portarem a mediunidade, já os qualifica como devedores em potencial.

E certamente, reeducar um adulto é muito mais difícil do que educar uma criança. É pepino torto. Observo nos terreiros por onde ando que muito se exige do dirigente e muito pouco se retribui. Falta nos médiuns, desde respeito até aquilo que os deveria mover dentro da corrente, que é amor. Humildade então, meus filhos, é coisa rara. Em compensação sobra bajulação, geralmente usada como meio de se fazer preferido na corrente.

Nega véia costuma dizer que criança que se cria como bibelô, como tal vai quebrar quando adulto. Todo aquele que não teve rédea firme na infância para domar suas más tendências, vai chegar no terreiro e expô-las de modo a perturbar a ordem do lugar. Hora e vez de impor as leis que regem a Casa, independente do que possa pensar a respeito disso, o médium em questão. Se mesmo indisciplinado, tiver algo de humildade, vai receber o chamamento como aprendizado e ali vai crescer, mas se pelo contrário, além da indisciplina prevalecer nele a arrogância e o orgulho, acolherá como ofensa e infelizmente, o remédio é amargo para essa doença.

A tarefa é tão árdua que muitos desistem na metade da caminhada, outros se corrompem, mas, ainda bem que uma grande maioria volta à casa com sua coroa iluminada pela luz do dever cumprido e a estes, o mérito de conseguir dar um salto em sua evolução.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O preparo é essencial!


Atualmente, muitos médiuns sedentos pelas alegorias tentam ingressar na espiritualidade movidos pelo fascínio do fenômeno da incorporação, despreocupados ou diria "despreparados" com a questão doutrinária.
Rememoramos aqui a época de Atlântica e Lemúria, onde um iniciado começava sua trajetória iniciática aos 7 anos de idade e a concluía por volta dos 40 anos, onde se devidamente preparado se encontrava apto para conduzir os mistérios que a ele foram confiados.

Hoje a alegoria toma a frente antes do preparo e isso abre o palco dos exageros vistos em diversas vertentes religiosas, principalmente as que valorizam o sagrado ato da incorporação.

Um Avatar, antes foi um aluno dedicado que se preparou e se dedicou as oportunidades de aprendizado que permitiram seu amadurecimento espiritual.
Muitos médiuns hoje, abominam o estudo e acima de tudo a lógica dos seres "extrafisicos" que dizem receber, mas o espetáculo que presenciamos dentro de alguns locais nos levam a crer que muitas destas manifestações não passam de "animismo" ou muitas vezes infelizmente " exteriorização" de algo que já se levava dentro de si.

Colegas de jornada, Deus nos da uma grande oportunidade no aprendizado, pois ele nos permite estarmos devidamente preparados para as responsabilidades que iremos assumir.

Caridade não se pratica somente com ato da incorporação, diríamos que a mesma se expande de forma mais ampla em nossos pensamentos que se estendem nas atitudes de nosso cotidiano.

Dentro da atividade mediunica, valorizemos a oportunidade de aprendizado com o preparo essencial para cumprimos nossos compromissos com o mais alto.
A árvore antes de estar preparada para dar seus frutos, tem 12 meses de jornada para prepara-los e antes originou-se de uma simples semente.
Tudo na vida tem seu momento certo e para que tudo dê certo, se faz necessário que abandonemos a preguiça e o descaso com as coisas sagradas e se desejamos seriamente servir aos propósitos mais elevados saibamos que sem preparo nada acontece como previsto.

Reflitam e saibam que o ato de incorporar espíritos se feito com irresponsabilidade só nos aumenta nossa conta carmática,a antes devemos nos preparar com estudo, bom senso e acima de tudo, espírito voltado para a caridade.

"Quando o trabalhador esta pronto, o trabalho aparecerá"
Zigh
um hindu nas terras do cruzeiro...

O USO DA BEBIDA - POR GUARDIÃO SETH


Pergunta: O pai poderia discorrer um pouco sobre o uso da bebida pelos Exus? É necessário que se beba durante o atendimento? E por que vemos médiuns beberem tanto em alguns trabalhos?

Guardião Seth: Quando falamos da água ardente, pinga, marafo ou qualquer outra denominação para a bebida ingerida durante os trabalhos com o que ainda de forma erronea entendem sobre o termo EXU ou vulgarmente chamados de ESQUERDA, devemos atentar para os seguintes pontos filho:

MÉDIUNS DESPREPARADOS: Sempre abordamos este ponto em nossas reuniões, pois a conotação de que EXU é do diabo cresceu graças a estas figuras dentro dos terreiros que eventualmente também eram casas despreparadas para o mediunato da Umbanda. Na crença de que EXU pode tudo e faz tudo o que quer era levado em conta o EU POSSO TUDO E FAÇO TUDO O QUE DESEJO, então quem frequentava tais reuniões vislumbrava um palco de exagero e indisciplina, beberagem e leviandade levando o nome de EXU o GUARDIÃO, mas na realidade frequentado por dois tipos de seres levianos: QUIUMBAS que encontravam neste cenário o palco ideal para suas manifestações a troco de cachaça e MEDIUNS DESPREPARADOS que colocavam para fora sua vida mal resolvida por dentro e no meio de tudo isso quem pagava o pato? EXU
ELEMENTO VEGETAL: A pinga utilizada nos terreiros nada mais é do que um elemento vegetal que carrega a energia: TERRA, ÁGUA e FOGO pela sua composição e lembrando que no período de formação da cana de açúcar antes que duvidem da palavra deste velho guardião encontramos a ação FOGO no vento solar que fatora todo nosso planeta. Utilizada como elemento de magia não se faz necessário beber-se durante o atendimento, mas como disse nas mãos de um guardião de lei, manipular os elementos "mágicos" vegetais que a contra parte deste liquido nos oferece, tornando-o um grande campo de limpeza energética.

Usamos a pinga nos atendimentos para:

*Limpar o duplo etéreo de quem estamos atendendo de parasitas que nele estejam alojados
Desagregar cascões espirituais ligados a pessoa devido a seu padrão vibratório

*Efetuar limpezas energéticas de ambientes promovendo uma energia semelhante ( eu disse semelhante) ao vento solar
Como pode ver filho não existe a necessidade de ingestão da bebida em si, mas a manipulação correta magisticamente do elemento.

Pergunta: Mas por que então vemos tantas pessoas agindo de forma errada?

Guardião Seth: Por que falta estudo, conhecimento de causa e acima de tudo conhecer-se a si próprio. A Umbanda virou um teatro, um palco onde um quer devorar o outro sem motivos, somente por fama ou ainda para agregar titulo " O pai ou mãe tal é poderoso" ou ainda " Somente eu posso iniciar, pois este mistério foi aberto somente a mim...", ora filho a Umbanda é uma religião que cultua a natureza e a mesma pertence ao Criador não ao homem, este só a usa em sua passagem e faz isso de forma leviana, basta ver como ele a esta destruindo.
O que falta é estudo, bom senso e amor a criação, talvez com estas bases possam os MÉDIUNS conhecerem um pouco mais da MAGIA DE EXU e serem mais conscientes de seus atos e compromissos com a Umbanda, deixando de fazer tanta besteira em nome de EXU, mas antes de mais nada levando a bandeira da UMBANDA consciente de sua responsabilidade na formação de opiniões.

Sarava a vossa banda

GUARDIÃO SETH

PALAVRAS DE PAI BENEDITO


Pergunta: Pai por que notamos nos dias de hoje tanto desrespeito dentro de um terreiro com o fundamento sagrado dos Orixás?


Pai Benedito: Primeiro filho devemos lembrar que este desrespeito não é praticando por todos nossos irmãos Umbandistas, encontramos ainda algumas poucas casas sérias na lei de pemba e também que a questão desrespeito sai para fora dos limites de um terreiro chegando a sociedade.
No grau de desenvolvimento moral que a maioria dos terrícolas vivem hoje, se faz necessário que tenhamos a prática de "rédia curta" como ouvíamos o sinhozinho falar com a negraiada na fazenda do engenho, trocando isso pela lei moral o ser humano somente mantem sua disciplina mediante algumas regras.
Necessitamos de assentos coloridos e especias em coletivos e estações de trem, de filas especiais para nos conscientizarmos que o idoso deve ser tratado com preferência devido aos muitos males físicos que acometem estes nossos irmãos.
Existe a lei do uso obrigatório do cinto de segurança, que por incrível que pareça oferece segurança para quem o usa, podendo até salvar sua vida, mas ainda encontramos pessoas que driblam esta lei e o cenário de morte no trânsito soma número razoável de vitimas que não o usavam.
Temos ainda como exemplo, a proibição do consumo de álcool e fumo para menores, mas na maioria das ditas "casas do ramo" esta regra é quebrada por quem vende e por quem compra.
Teríamos meu filho muitos exemplos para dar e tornaríamos esta mensagem em um repositório de lamentações, mas não sendo esta nossa intenção, vamos colocar a nossa pequena visão sobre a questão do desrespeito.
Se encontramos junto ainda na população terrícola uma grande estrada de evolução e aprendizado a ser percorrida, neste caminho encontramos uma aliado da questão do desrespeito praticado pelo ser humano, a vaidade e o orgulho. Quando falamos destas duas palavras filho encontramos o combustível que nos faz enxergar infelizmente em muitos irmãos e irmãs que acreditam que o mundo gire a sua volta e as pessoas que nele vivem são suas subordinadas.
Isso levado a finco, gera uma onda de violência praticada pelo ato da discórdia, da falácia, da fofoca, atos tão pequenos que ainda são alimentados no meio onde meus irmãos e irmãs vivem.
Não podemos tomar como base de evolução a teoria do avestruz que coloca a cabeça dentro de um buraco e deixa o restante do corpo para fora, isso não pode ser comparado com humildade e acima de tudo respeito.
Humildade e respeito, devem ser levados na conta de que devemos compreender que somos irmãos em crescimento e que cada um no seu limite tem sua forma de compreensão, porém nunca esta isento de praticar a lei de sociabilidade e socialização ou a necessidade do homem viver em grupo.
Ainda existe um grande equívoco entre "dirigir e ser dirigido" e isso associado nas questões de sociedade nos mostra filho dois aspectos que gostaríamos de apresentar:

1.Aquele que dirige deve ter cautela com a soberba ou o sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância. Dirigir é guiar pelo caminho que já trilhamos e nunca nos supormos superiores a alguém por esta responsabilidade! Aquele que ensina deve aprender duas vezes, por talvez traga débitos maiores na lei de moralidade dentro de si.

2.Já o que é dirigido deve ter cautela com a pieguice ou a sentimentalidade excessiva e afetação exagerada e às vezes ridícula de sentimentos. Citamos isso justamente por que encontramos filho irmãos nossos que não detém o conhecimento e a disciplina ainda e assim mesmo se julgam sábios! O que não sabem é que caminham em direção ao abismo de seu próprio engano.
Em todas as situações de nossa vida filho, devemos lembrar do conselho de " para aprender se faz necessário ouvir primeiro". Levado em conta a atitude de alguns irmãos de pemba nos terreiros de Umbanda, Candomblé e centros Espiritas, encontramos a lei do orgulho sendo praticada descaradamente. Ler um livro ou ainda fazer uma obrigação a este ou aquele Orixá não nos torna sábios nem melhores do que ninguém, pois em tudo na vida a experiência traz a vivência e um pouco de sabedoria, tendo em conta que nosso planeta azul é uma das "muitas moradas e arriscaríamos escolas evolutivas do Pai"
Quando o ser vivente aprender a "ouvir" e "praticar" o que ouve talvez comece a ficar livre das imposições criadas visando a sua disciplina.
O desrespeito ai filho não é só com o Orixá que é uma das qualidades divinas, mas com o próprio ser humano, com a própria criação.
Gostaríamos de encerrar esta nossa pequena contribuidão com um pensamento daquele que foi, é e sempre será o exemplo a ser seguido:


" Bem aventurados os pacificadores, por que eles serão chamados filhos de Deus" Mateus 05 - versículo 09


Com muito carinho!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Conduta esperada de um médium de Umbanda!


Se somos pessoas religiosas, ou seja, se temos uma religião, espera-se

de nós atitudes de acordo com esta condição. Em função disto já que

sou umbandista, falo de minha religião e sobre o que é esperado de

seus praticantes.

Muitos falam apenas na conduta esperada no médium antes e durante as

sessões ou giras, mas quase nada se fala do depois da gira e

normalmente o que é falado é sobre o imediatamente após a gira ou no

máximo 24 horas após o término da sessão. Não podemos e nem devemos

ser umbandistas durante as 48 horas que giram em torno de uma sessão,

mas sim 24 horas por dia e 7 dias por semana. Mas isso é no sentido da

conduta no nosso dia-a-dia.

O quanto nos preocupa a caridade, o amor, a fraternidade e o respeito

pelo próximo, o quanto disto tudo faz parte de nossos corações e

mentes, verdadeiramente. Não adianta de absolutamente nada: banhos,

defumadores, deveres preparatórios para as sessões, se quando a mesma

termina, trocamos nossa roupa e esquecemos todas as palavras e

orientações recebidas durante a sessão, saímos do centro achando que

nossa missão e papel terminaram ali e conseqüentemente não aplicamos o

nosso aprendizado.

A Umbanda é extremamente prática e nós temos obrigação de executarmos

essa praticidade. Como? Tendo uma conduta compatível com a nossa

religiosidade dentro e fora do terreiro. As defesas de um terreiro não

serão abaladas pela conduta inconseqüente de alguns médiuns, mas as

defesas do médium sim. Daí advém problemas que alguns médiuns passam e

ainda têm a coragem de afirmar que "tomou o banho" direitinho, que

firmou o Anjo da Guarda direitinho, etc... etc. Ou ainda, o que

considero pior: dizem que não merecem isso ou aquilo e que os

protetores deles têm a obrigação de resolver!! Desculpas! Meras e

tolas desculpas, que servem apenas para ajudar a mascarar a verdade.

E qual é a verdade que estou me referindo? A verdade que alguns

médiuns e dirigentes acreditam que deveres e oferendas substituem

conduta moral correta, honestidade de propósitos, caridade e humildade!

Não! Em absoluto não! Não há banho, trabalho, preparo, oferenda que

substituam um coração nobre, caridoso, honesto e sincero!

Para que os preceitos de Umbanda surtam efeito é fundamental

a coerência entre o que está sendo feito e quem está fazendo ou recebendo.

Urge que nos tornemos aparelhos melhores. Preocupe-se menos com

oferendas e mais com a conduta moral. Aprenda primeiro a “oferendar-se”,

pois como disse o Caboclo Pery na mensagem Oferendas Para Orixás,

somos a melhor oferenda que podemos dar aos nossos guias

e mentores, mas eu digo, que precisamos ser dignos de sermos oferendados.

Lembre-se: somos os únicos responsáveis pelas companhias invisíveis

que atraímos e mantemos. Cabe a cada um de nós respeitarmos a Umbanda

através de atos nobres, corretos e coerentes para com ela dentro e

fora do terreiro, pois não agindo assim, tornamo-nos os piores

ofensores de nossa própria religião, e para cada um de nós existe uma

conduta esperada coerente com o fato de sermos umbandistas, e a

intolerância e a vaidade não fazem parte dela.

RECOMENDAÇÕES AO MÉDIUM




É Recomendável ao Médium Umbandista

. Pelo menos 24 horas antes do horário marcado para início da sessão, evitar: alimentação a base de carne animal, bebidas alcoólicas, sexo, pensamentos, palavras e atos vulgares ou mundanos.

.Tomar um banho de ervas específicas de acordo com a sessão que será realizada.

.Ao entrar no terreiro esquecer os problemas, dificuldades ou brigas que estejam atormentando o seu pensamento.

.Procurar fazer meditação e exercícios de respiração.

.E principalmente estar consciente de que o trabalho ou desenvolvimento que tem a realizar é o cumprimento de uma missão espiritual sua e de suas entidades. Ninguém pode fazer por você.

.Confiar na proteção, orientação e benção dos Orixás, abrindo o pensamento e o coração para receber as boas vibrações.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Livrando-se dos "encostos"...


Por vezes, o pior "encosto" é o encarnado que está ao nosso lado, ao qual não nos afastamos por interesses egoísticos os mais diversos. Esquecemos facilmente que somos os ùnicos responsáveis pela nossa felicidade ou infelicidade, aqui com os "vivos" ou do lado de lá com os "mortos". Um dia responderemos a um juiz implacável - nossa consciência imortal.


Muitas criaturas freqüentam os centros espíritas apenas para se livrarem do "encosto" de espíritos atrasados, que lhes tolhem a liberdade de ação e as impedem até de gozar os prazeres mais comuns. Elas se queixam de perseguições invisíveis de "velhos adversários" do passado, mas ignoram que, às vezes, se trata de uma providência salutar adotada pelos seus próprios guias, no sentido de preservá-las de maiores prejuízos. Os espíritos inferiores em serviço voluntário e sob o comando dos seus mentores, praticam os seus "encostos" aplicando fluidos opressivos ou incômodos, que funcionam à guisa de um "freio moderador" sobre os encarnados. Não se trata de qualquer processo obsessivo, mas apenas de uma interferência compulsória sobre os homens imprudentes, que tem como objetivo reduzir suas atividades nocivas.

Subjugados pela carga dos fluidos entorpecentes dos espíritos inferiores, as criaturas deixam de comparecer a aventura extraconjugal censurável, faltam à jogatina viciosa e evitam os ambientes prostituídos onde domina o tóxico alcoólico. Elas sentem-se desanimadas, febris e buscam o leito de repouso, completamente indispostas ou impossibilitadas para acompanhar as libações dos companheiros. É óbvio que nem sempre o "encosto" é recurso providenciado pelos guias em favor dos seus tutelados, pois também pode ser fruto do processo obsessivo comandado pelos espíritos "das sombras". Mas, em ambos os casos, os fluidos incômodos ou agressivos desaparecem na sua ação indesejável, assim que as vítimas acertam sua "bússola espiritual" a objetivos sadios e benfeitores.

Também não importa o prestígio, a responsabilidade ou a cultura do homem do mundo, pois tanto enferma entre lençóis confortáveis o rico e feliz, quanto o pobre, entre os trapos da cama tosca. Até os anjos podem usar de métodos ríspidos, mas de proveito espiritual, assim como os pais severos, ante o filho rebelde que não atende aos seus conselhos, resolvem, adotar providências mais rigorosas e eficazes. Esses recursos drásticos e violentos, embora criticáveis em sua aparência, muitas vezes evitam que os encarnados ingressem na senda criminosa que poderia atirá-los no cárcere, impede-os da aventura que lhes macularia o nome benquisto, evita-lhes a união ilícita com a mulher prostituta ou afasta-os do negócio desonesto e de agravo contra terceiros.

O saneamento, portanto, não se refere propriamente ao corpo transitório mas, em particular, ao espírito eterno, isto é, ao cidadão sideral. Atinge o homem rico, formoso e culto, assim como a criatura ignorante e coberta de andrajos.

domingo, 20 de novembro de 2011

PERGUNTAS E RESPOSTAS PARA MÈDIUNS INCIANTES




1 – Como funciona a mediunidade consciente?



O médium capta o fluxo mental do Espírito, gerando idéias e sensações, como se houvesse a intromissão de outra mente em sua intimidade; como se estivesse a conversar com alguém, dentro de si mesmo.



02 – Ouve uma voz?



Seria fácil, mas não é bem assim. Idéias surgem, misturando-se com as suas, como se fossem dele próprio.



03 – Parece complicado…



E é, sem dúvida, principalmente para médiuns iniciantes, que não distinguem o que é deles e o que é do Espírito. Muitos abandonam a prática mediúnica, em face dessa incerteza, que é perturbadora.



04 – Como resolver esse problema?



É preciso confiar e dar vazão às idéias que lhe vêm à cabeça, ainda que pareçam embaralhadas, em princípio. Geralmente a mediunidade é desenvolvida a partir da manifestação de Espíritos sofredores, o que é mais simples. Não exige maior concatenação de idéias ou esforço de raciocínio. Cumpre-lhe, em princípio, apenas exprimir as sensações e sentimentos que o Espírito lhe passa.



05 – Qual o conselho para o médium que enfrenta esse impasse?



Sentindo crescer dentro de si o fluxo de sensações e pensamentos, que tomam corpo independente de sua vontade, comece a falar, sem preocupar-se em saber se é seu ou do Espírito. A partir daí o fluxo irá se ajustando. É como o motorista inexperiente na direção de um automóvel. Em princípio há solavancos, mas logo se ajusta.



06 – O que pode ser feito para ajudar o médium iniciante?



A participação dos irmãos do Terreiro é importante. O médium, nessa situação inicial, fica fragilizado. Sente-se vulnerável e constrangido. Qualquer hostilidade ou pensamento crítico dos irmãos, revelando desconhecimento do processo, poderá afetá-lo.



07 – Seria razoável aplicar passes no médium iniciante, em dificuldade para iniciar a manifestação?



O passe pode ajudar, mas devemos ser econômicos na sua utilização, a fim de evitar condicionamentos. Há médiuns que esperam pela intervenção do Pai, Mãe ou irmão no Santo, aplicando-lhes passes, a fim de iniciar seu trabalho.



08 – As manifestações de médiuns iniciantes são, não raro, repetitivas. Como devem agir o Pai ou Mãe e Irmãos no Santo no Terreiro?



Cultivar a compreensão e a boa vontade, considerando que o animismo, a intervenção do próprio médium, é expressivo nessa etapa do desenvolvimento. Aos poucos ele irá se ajustando, aprendendo a distinguir melhor entre suas idéias e as do Espírito.




09 – Vemos, com freqüência, médiuns dotados de razoáveis faculdades mediúnicas desistirem do compromisso. Há algum prejuízo?



A sensibilidade mediúnica não funciona apenas nas Giras. Está sempre presente. É na prática mediúnica, com os estudos e disciplinas que lhe são inerentes, que o médium garante recursos para manter o próprio equilíbrio. Afastado, pode cair em perturbações e desajustes.



10 – É um castigo?



Não se trata disso. O problema está na própria sensibilidade que, não controlada pelo exercício, situa o médium à mercê de influências negativas, nos ambientes em que circule, e de entidades perturbadas que se aproximam.




11 – Mas esse problema não está presente na vida de todos nós? Não vivemos rodeados de Espíritos perturbados e perturbadores?



Sim, e bem sabemos quantos problemas são decorrentes dessa situação, por total ignorância das pessoas em relação ao assunto. No médium afastado da prática mediúnica é mais sério, porquanto, em face de sua sensibilidade, ele sofre um impacto maior, com repercussões negativas em seu psiquismo.



12 – E se o médium, não obstante afastado da prática mediúnica, for uma pessoa de boa índole, caridosa, afável, bem sintonizada?



Com semelhante comportamento poderá manter relativa estabilidade, mas é preciso considerar que a mediunidade não é um acidente biológico. Ninguém nasce médium por acaso. Há compromissos que lhe são inerentes.



13 – O médium vem programado para essa tarefa…



Sim. Trata-se de um compromisso assumido na espiritualidade. Há um investimento no candidato à mediunidade, relacionado com estudos, planejamento, adequação do corpo. Tudo isso envolve diligentes cuidados dos mentores espirituais. Imaginemos uma empresa investindo na preparação de um funcionário para determinada função. Depois de tudo, será razoável ele dizer que não está interessado?



14- Mas não é contraproducente o médium participar de trabalhos mediúnicos como quem cumpre uma obrigação ou um contrato preestabelecido, temendo sanções?



As sanções serão de sua própria consciência, que lhe cobrará, mais cedo ou mais tarde, pela omissão. Para evitar essa situação é que os médiuns devem estudar a Doutrina, participando de estudos e lendo a respeito da mediunidade, a Doutrina Espírita é a melhor opção para conhecer sobre a mediunidade, mas esta deve ser direcionada pelo Pai ou Mãe no Santo, assim estará assimilando conhecimento e podendo debater a respeito.



15 – E se há impedimentos ponderáveis? Filhos a cuidar, cônjuge difícil, profissão, saúde…



Eventualmente isso pode acontecer, por algum tempo. O problema maior, entretanto, está no próprio médium que, geralmente, tenta justificar a sua omissão. Altamente improvável que a espiritualidade lhe outorgasse a mediunidade, sem dar-lhe condições para exercê-la.



16 – E quando a participação do médium gera conturbações no lar, a partir de um posicionamento intransigente do consorte?



Lamentável o casamento em que marido ou mulher pretende criar embaraços à atividade religiosa do cônjuge. É inconcebível! Onde ficam o diálogo, a compreensão, o respeito às convicções alheias? De qualquer forma, embora tal situação possa justificar a ausência do médium, não o eximirá dos problemas inerentes à mediunidade não exercitada.



17 – É difícil encontrar pessoas que guardam perfeita estabilidade emocional e física. Tem algo a ver com a sensibilidade mediúnica?



Tem tudo a ver. Vivemos mergulhados num oceano de vibrações mentais, emitidas por Espíritos encarnados e desencarnados. Assim como podemos ser contaminados por vírus e bactérias, também sofremos contaminações espirituais que geram alterações em nossos estados de ânimo.



18 – Isso explica por que as pessoas tendem a ficar deprimidas num velório e felizes num casamento?



Sem dúvida. O ambiente e as situações exercem grande influência. Lembro-me da morte de Aírton Senna. Provocou imensa comoção popular, até naqueles que não acompanhavam suas proezas no automobilismo. A emoção se expande e pode envolver multidões.



19 – Explica, também, as atrocidades cometidas por soldados, numa guerra?



A guerra produz lamentáveis epidemias de maldade, em face de nossa inferioridade. A crueldade tem livre acesso em corações ainda dominados pelos impulsos instintivos da animalidade. Propaga-se com a rapidez de um rastilho de pólvora.



20 – No lar parece acontecer algo semelhante, quando as pessoas perdem o controle e se agridem com gritos e palavrões, descendo não raro à agressão física…



Em nenhum outro lugar demonstramos com maior propriedade nossa inferioridade. No lar rompe-se o verniz social. As pessoas mostram o que são. Como não há santos na Terra, conturba-se o ambiente, favorecendo contaminações de agressividade, que envolvem os membros da casa.



21 – Como evitar isso?



É preciso desenvolver e fortalecer defesas espirituais, elevando nosso padrão vibratório, sintonizando numa freqüência que nos coloque acima das perturbações do ambiente.



22 – Como funciona essa questão da sintonia?



Tomemos, por exemplo, as ondas hertzianas, nas transmissões radiofônicas. Elas se expandem dentro de freqüência específica. Para ouvir determinada emissora giramos o dial e a sintonizamos. Nossa mente é um poderoso emissor e receptor de vibrações e tendemos a sintonizar com multidões que se afinam mentalmente conosco.



23 – Que providências devemos tomar para uma sintonia saudável?



Consideremos, em princípio, que ela é determinada pela natureza de nossos pensamentos. Lembrando o velho ditado “dize-me com quem andas e te direi quem és “, podemos afirmar “dize-me a natureza de teus pensamentos e te direi que influências irás assimilar”.



24 – Isso significa que equilíbrio e desequilíbrio, paz ou inquietação, alegria ou tristeza, agressividade ou mansuetude, dependem, essencialmente, de nós?



Exatamente. Embora nossos problemas físicos e psíquicos possam ser amplificados por influências ambientes, a origem deles está em nossa maneira de pensar e agir. Se quisermos o Bem em nossa vida, é fundamental que pensemos e realizemos o Bem.



25 – Que livros você indicaria para um iniciante?



É preciso levar em consideração a cultura e a familiaridade da pessoa com a literatura. Se for alguém habituado, com facilidade de concentração, deve ler, inicialmente, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nessas três obras de Allan Kardec, temos, na mesma ordem, o tríplice aspecto do Espiritismo: Filosofia, Ciência e Religião, estes nasceram não para a Religião Espiritismo e sim para todos que crêem na existência dos espíritos, mas para aceitação inicial da espiritualidade e conhecimento especifico dentro da Umbanda, cabe ao iniciante conhecer Tambores de Angola, Aruanda de Robson Pinheiros, nos dá uma noção da Umbanda no Astral Superior, não esquecendo de forma alguma informar ao seu Pai ou Mãe no Santo, sobre seus estudos, pois este estará disposto a lhe responder futuras dúvidas a respeito de seu estudo, infelizmente a Umbanda ainda não existe um livro que possamos pegá-lo como base de estudo para todos, pois a verdade dos Terreiros de Umbanda é que cada Casa atribui sua Doutrina e esta deve ser respeitada pelo iniciante, damos sempre como base a Doutrina Espírita, pois a mesma nasceu para ensinar a todos sobre a Espiritualidade.



26 – O que é o animismo?



Na prática mediúnica é algo da alma do próprio médium, interferindo no intercâmbio. Kardec empregou o termo sonambulismo, explicando, em Obras Póstumas, quando trata da manifestação dos Espíritos, item 46: O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; sua própria alma é que, em momentos de emancipação, vê, ouve e percebe além dos limites dos sentidos. O que ele exprime, haure-o de si mesmo…



27 – O animismo está sempre presente nas manifestações?



O médium não é um telefone. Ele capta o fluxo mental da entidade e o transmite, utilizando-se de seus próprios recursos. Sempre haverá algo dele mesmo, principalmente se for iniciante, com dificuldade para distinguir entre o que é seu e o que vem do Espírito.



28 – Existe um percentual envolvendo o animismo na comunicação? Digamos, algo como quarenta por cento do médium e sessenta por cento do Espírito?



Se o animismo faz parte do processo mediúnico, sempre haverá um porcentual a ser considerado, não fixo, mas variável, envolvendo o grau de desenvolvimento do médium. Geralmente os iniciantes colocam mais de si mesmos na comunicação. Quando experientes, tendem a interferir menos.



29 – Pode ocorrer uma manifestação essencialmente anímica, sem que o próprio médium perceba?



É comum acontecer, quando está sob tensão nervosa, em dificuldade para lidar com determinados problemas de ordem particular. As emoções tendem a interferir e ele acaba transmitindo algo de suas próprias angústias, em suposta manifestação.



30 – Seria uma mistificação?



Não, porque não há intencionalidade. O médium não está tentando enganar ninguém. É vítima de seus próprios desajustes e nem mesmo tem consciência do que está acontecendo.



31 – E o que deve fazer o Pai/Mãe no Santo quando percebe que um Filho no Santo está entrando nessa faixa?



É preciso cuidado. O Pai/Mãe no Santo menos avisado pode enxergar animismo onde não existe. Se a experiência lhe disser que realmente está acontecendo, deve conversar com o médium, em particular, saber de seus problemas e encaminhá-lo às giras de desenvolvimento e ou tratamento espiritual. Toda a atenção dos Pais/Mães no Santo devem ser direcionada a este Filho e estar atento a esta mediunidade, é comum percebermos que pela ignorância (do saber) é mais fácil deixá-lo de lado, ou ainda excluí-lo do corpo mediúnico, muitas das vezes estes são execrados dos Terreiros, não por ser um animista e sim pelo desconhecimento do Pai/Mãe no Santo sobre o assunto. Se persistir o problema, o médium deve ser orientado a participar das giras como suporte, auxiliando nos trabalhos.



32 – Quando é que o Pai/Mãe no Santo deve preocupar-se com o animismo?



Quando ocorre a manifestação de um espírito que se diz orientador. É preciso passar o que diz pelo crivo da razão, distinguindo não apenas um possível animismo, mas, também, uma mistificação do Espírito comunicante.



33 – O médium que se sinta enfermo deve resguardar-se, deixando de comparecer à gira?



Depende do tipo de problema que esteja enfrentando. Se fortemente gripado, febril, é conveniente que se ausente, resguardando também os irmãos, que podem contrair seu mal. Mas há sintomas físicos e psíquicos que apenas revelam a proximidade de Espírito sofredor, não raro trazido pelos mentores espirituais para um contato inicial, a favorecer a manifestação.



34 – Nesse caso, mesmo não se sentindo bem, o médium deve comparecer?



Sim, porque o que está sentindo é parte de seu trabalho, exprimindo as angústias e sensações do Espírito, relacionadas com a doença ou os problemas que enfrentou na vida física.



35 – Isso significa que uma dor na perna, por exemplo, pode ter origem espiritual?



É comum. Acontece principalmente com o médium que tem sensibilidade mais dilatada. Ao transmitir a manifestação de um Espírito que desencarnou por problema circulatório, cuja perna gangrenou, tenderá a sentir dor semelhante, não raro antes da reunião, devido à aproximação da entidade.



36 – Ocorre o mesmo em relação às emoções?



É freqüente. Sintonizado com o Espírito, o médium capta o que vai em seu íntimo. Se a entidade sente-se atormentada, aflita, tensa, nervosa ou angustiada, experimentará algo dessas emoções.



37 – E se o médium, imaginando que esses sintomas físicos e emocionais estão relacionados com seus próprios problemas, decide não comparecer à reunião?



Se alguém nos confia um doente para levá-lo ao hospital, e decidimos instalá-lo em nossa casa, assumiremos o ônus de cuidar dele. Certamente nos dará muito trabalho, principalmente se for um doente mental.



38 – É possível que essa ligação com entidades perturbadas ocorra independentemente da iniciativa dos mentores espirituais?



É o que mais acontece. Vivemos rodeados por Espíritos destrambelhados, sem nenhuma noção da vida espiritual, que se agarram aos homens, como náufragos numa tábua de salvação. Nem é necessário ter mediunidade ostensiva. Todos estamos sujeitos a sofrer essa influência.



39 – Digamos que o médium receba influência dessa natureza na segunda-feira e só comparecerá ao Terreiro no sábado. Sofrerá durante a semana toda?



Com a experiência e a dedicação ao estudo ele aprenderá a lidar com esse problema, cultivando a oração e dialogando intimamente com a entidade que, com o concurso de mentores espirituais, será amparada.



40 – Devemos informar a esse respeito pessoas que procuram o Terreiro, perturbadas por tais aproximações?



É preciso cuidado. Pessoas suscetíveis, que guardam idéias equivocadas, relacionadas com influências demoníacas, podem apavorar-se. Nunca mais porão os pés no Terreiro.

"A conduta do médium"


Com relação a conduta dos médiuns para com as entidades, a Umbanda tem por norma seguir os seguintes tópicos:



O médium de verdade deve ter em mente que na Aruanda todos são iguais (se há diferenças na hierarquia é porque os que chefiam, são as que mais trabalham e menos falam...). Isto quer dizer que os médiuns não devem sequer pensar que sua entidade é melhor do que seu irmão, as entidades de Aruanda preferem que seus filhos falem menos e trabalhem mais pelo seu próximo.

Não há necessidade de "chamar" seu protetor em qualquer hora ou lugar, principalmente evite falar de sua mediunidade em bares ou na rua. As coisas da espiritualidade devem ser discutidas na tranquilidade, e com pessoas que queiram falar do assunto.



Nunca fale mentiras ou cometa erros em nome da sua entidade, pois nenhuma entidade de Umbanda acoberta isto ou aquilo dos seus cavalos.



Se alguém precisar de ajuda e você precisar ir até a residência desta pessoa, procure não incorporar, apenas peça orientação e guarda do seu mentor, com certeza ele estenderá sua proteção e devida instrução ao consulente.



Não é em todo lugar que os nossos protetores "baixam", nem todo lugar é sagrado e num ambiente pesado, não há a mínima vibratória para sua atuação.



Nunca desobedeça as ordens da sua entidade, nunca queira fazer algo que você acha que ela faria. Espere sua orientação, por exemplo, não encha seu pescoço pensando que seu protetor parecerá "forte" aos olhos do consulente. A VERDADEIRA FORÇA ESTÁ EM SER HUMILDE E HONESTO, tenha certeza que sentirá seu protetor com maior intensidade.