•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo

•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo
•A UMBANDA TEM FUNDAMENTO E É COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO.
Obrigado, meu Deus, pela fé que me sustenta, Pelos amigos que fiz E continuo fazendo. Obrigado, meu Deus, Pelas bençãos de Ogum, Pela proteção de Iemanjá, pelo amor de Oxum. Obrigado, meu Deus, Pela força de Iansã, Pela retidão de Xangô, Pelo colo de Nanã. Obrigado, meu Deus, Pelo equilíbrio de Oxosse, Pelas curas de Omulu, pelas cores de Oxumarê. Obrigado, meu Deus, Pelas folhas de Ossãe, Pelas Crianças que enchem de alegria nossos Terreiros, Pela amizade dos Boiadeiros. Obrigado meu Deus, Pela humildade dos Pretos-Velhos, Pelas Almas Santas e Benditas, Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira. Obrigado, meu Deus, por fazer de mim um instrumento da Tua vitória. Até aqui o Senhor me ajudou! Deus salve a Umbanda!
Ney Rodrigues

RADIO C.E.A.B.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CUIDADO COM A MEMÓRIA DE SUA CASA

O padrão vibratório de uma casa tem relação direta com a energia e o estado de espírito de seus moradores. Tudo o que pensamos e fazemos, as escolhas, os sentimentos, sejam bons ou ruins, são energias. O resultado reflete nos ambientes, pessoas e situações.

O corpo é nossa primeira morada e nossa casa, sua extensão. É ela que nos acolhe, protege e guarda nossa história. Da mesma forma que limpamos, nutrimos e cuidamos da vibração de nosso corpo, devemos estender esses cuidados e carinhos ao lar. Mais que escolher o imóvel e enfeitá-lo com móveis e objetos - muitas vezes guiados apenas por modismos ou pura praticidade -, a elaboração da atmosfera de um ambiente é importante porque reflete a personalidade de seu dono, dando pistas sobre seus gostos, estilo de vida, história e sonhos.

Há quem acredite que, colocando cristais, sinos de vento, fontes, espelhos, instrumentos do feng shui, é possível atrair bons fluídos e equilíbrio para dentro de casa. Mas, é muito pouco, pois a personalidade de um ambiente vai além. Ela é conseguida dia após dia, não apenas com técnicas, mas com pequenos atos de carinho e com muita energia boa.

Além de atrair bons fluídos para nosso lar, temos todas as condições de criá-los no interior do próprio ambiente. O conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espírito, condições físicas, anseios e intenções dos moradores fica impregnado no ambiente, criando o que se chama de egrégora.

Você, com certeza, já esteve em uma residência ou ambiente onde sentiu um profundo bem-estar e sensação de acolhimento, independente da beleza, luxo ou qualquer outro fator externo. Essa atmosfera gostosa, sem dúvida, era dada principalmente pelo estado de espírito positivo de seus moradores. Infelizmente, hoje em dia, é muito mais corriqueiro entrarmos em ambientes que nos oprimem ou nos dão a sensação de falta de paz e, às vezes, até de sujeira, mesmo que a casa esteja limpa. A vontade é ir embora rapidamente, ainda que sejamos bem tratados.

O que poucos sabem é que as paredes, objetos e a atmosfera da casa têm memória e registram as energias de todos os acontecimentos e do estado de espírito de seus moradores.

Por isso, quando pensar na saúde energética de sua casa, tome a iniciativa básica e vital de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé. Evite brigas e discussões desnecessárias. Observe seu tom de voz: nada de gritos e formas agressivas de expressão. Não bata portas e tente assumir gestos harmoniosos, cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho.

Não pense mal dos outros. Pragas, nem pensar! Selecione muito bem as pessoas que vão freqüentar sua casa. Festas, brindes e comemorações alegres são bem-vindas porque trazem alegria e muita energia, mas cuidado com os excessos. Nada de bebedeiras e muito menos uso de drogas, que atraem más energias.

Se você nutre uma mágoa profunda ou mesmo um ódio forte por alguém, procure ajuda para limpar essas energias densas de seu coração. Lembre-se que sua casa também pode estar contaminada.

Aprenda a fazer escolhas e determine o que quer para sua vida e ambiente onde mora. Alegria, amor, paz, prosperidade, saúde, amizades, beleza já estão bons para começar, não é mesmo? Reflita sobre como você vive em sua casa, no que pensa, como anda seu humor e reclamações do seu dia-a-dia. Tudo isto interfere no seu astral.

Franco Guizzetti

terça-feira, 4 de junho de 2013

Reencarnação


Reencarnação

A reencarnação é um processo complexo. Suas variáveis decorrem do nível espiritual de cada um, levando em conta as necessidades de aprendizagem não só do espírito que volta, mas também das pessoas com as quais ele irá conviver nesse período. Quando o espírito possui mais conhecimento, pode ajudar a programar sua próxima encarnação – mas sempre com a supervisão dos espíritos superior...es.
Algumas vezes, ele pretende desenvolver algum lado seu que esteja dificultando seu progresso. Então, lhe é facultado reencarnar no meio de pessoas comas quais nunca tenha se relacionado antes, a fim de trocar conhecimento. Ao reencarnar, o espírito sabe que esquecerá do passado e sente-se inseguro com isso. Natural que queira ter, como pais, pessoas amigas de outras vidas, figuras nas quais confia. Mas é bom saber que isso só será possível se elas aceitarem a responsabilidade e se essa união favorecer o processo.
Reencarnar com pessoas com as quais o espírito tem afinidade é sempre muito bom, pois permite que, juntos, eles possam apoiar-se mutuamente e progredir. Tal oportunidade não é concedida a espírito que tenha prejudicado pessoas ou criado inimizades em outras vidas. Em casos assim, a reencarnação é compulsória e quase sempre ele terá de conviver na mesma família, exatamente em meio às pessoas com as quais se desentendeu.
É uma chance que a vida oferece para que ele conheça um pouco melhor seus desafetos e modifique sua maneira de se relacionar com eles. Então, os laços de parentesco servem, a princípio, para suavizar o confronto. A mesma oportunidade é dada aos espíritos que, apesar de terem feito muitos inimigos no passado, se arrependem.
Sentem remorso e necessidade de reparar seus erros. Aí, recebem a chance de programar, com o auxílio dos mentores, a reencarnação junto dos seus inimigos. Portanto, há, ainda no astral, um trabalho de aproximação entre eles, feito pelos por espíritos superiores, para que se entendam e concordem em se relacionar de novo na Terra.
Às vezes, leva muito tempo para que eles aceitem e estejam prontos para essa nova encarnação. E, ainda assim, quando tudo está bem entre eles, podem surgir dificuldades práticas na concretização do projeto.
Em certos casos, a rejeição energética da futura mãe é tão grande que acaba se tornando uma gravidez de risco, que não chega a bom termo, sendo necessárias várias tentativas. Nesse caso, atuam também as energias do espírito reencarnante que, embora queira aproximar-se daquelas pessoas, reage instintivamente ao contato energético, que se torna insuportável para ele.
Pode acontecer que as pessoas com as quais o espírito se desentendeu no passado já a tenham perdoado - e aí elas estão livres, podendo seguir adiante sem precisar recebê-lo na família. Numa situação assim, pode reencarnar em meio a desconhecidos que precisem de ajuda. Ao ajudá-las, ele irá se libertar do remorso.
Quando o espírito progride, a noção da própria maldade lhe faz mal. Só poderá seguir adiante se conseguir livrar-se dela. Pois ninguém é vítima. Todos somos responsáveis pelas nossas escolhas. O respeito às leis cósmicas é fundamental para que nosso espírito prossiga na conquista do bem. Agir com inteligência é evitar sofrimento.

O Mentor ou Guia Espiritual

O Mentor ou Guia Espiritual  
 

Diferente do que muitos pensam o Mentor ou Guia Espiritual é, na maior parte das vezes, um espírito ainda em evolução, ou seja, imperfeito, mas que já alcançou um grau de pureza maior que seu pupilo, sendo por isso capaz de auxiliá-lo no caminho espiritual da atual encarnação. Isso não desmerece o seu trabalho, muito pelo contrário, já que deixa de utilizar se tempo livre para a própria evolução e o dedica a outro espírito.



1 - Mentores e Mestres
Um mentor não é igual a um Mestre, os Mestres não precisam mais encarnar, são perfeitos e possuem um grau de evolução muito superior aos mentores.
Alguns médiuns podem entrar em contato com os Mestres, que estão sempre dispostos a ajudar, bastando para isso elevar sua vibração. Esse contato é realizado, na maior parte das vezes, no plano mental, porque é muito sacrificante para um Mestre aparecer em corpo astral. Os médiuns não devem ficar preocupados ou com a mente fixa em entrar em contato com os Mestres, se um dia isso for permitido então acontecerá.
2 - O Mentor e Anjo da Guarda
O mentor também não é o mesmo que anjo da guarda, embora, não haja indícios que isso não possa acontecer, são papéis diferentes que um ou mais espíritos exercem durante a encarnação de um médium.
Todos possuem um espírito protetor, mesmo os que não são médiuns, até os sete anos de idade ele fica muito perto do seu tutelado, auxiliando na ambientação com o novo plano de vida e afastando (de acordo com os méritos do espírito reencarnante) os espíritos obsessores e adversários de vidas pregressas.
Foram muitas vezes pais, mães, amigos muito próximos que se predispõe a olhar de muito perto o espírito encarnado, aconselhando, fazendo o possível para auxiliar nos momentos difíceis e tentando afastar os espíritos obsessores que se aproximam. Contudo, é importante lembrar que a influência que esses abnegados irmãos podem exercer está diretamente ligada ao tipo de vida e esforço pessoal que o espírito realiza para se purificar, eles nada podem fazer por aqueles que fecham os ouvidos aos seus conselhos.
 
3 - A Tarefa do Mentor
O mentor é um espírito que se comprometeu com o trabalho espiritual do médium, dedicando parte do seu tempo para preparar o médium para sua tarefa, trabalhar ao seu lado e fazer o possível para protegê-lo do contato com as energias degradantes do astral inferior. Abaixo segue um trecho do livro Missionários da Luz – Chico Xavier, que fala um pouco sobre a tarefa dos mentores:
"Este irmão não é um simples aparelho. É um Espírito que deve ser tão livre quanto o nosso e que, a fim de se prestar ao intercâmbio desejado, precisa renunciar a si mesmo, com abnegação e humildade, primeiros fatores na obtenção de acesso à permuta com as regiões mais elevadas. Necessita calar, para que outros falem; dar de si próprio, para que outros recebam. Em suma, deve servir de ponte, onde se encontrem interesses diferentes. Sem essa compreensão consciente do espírito de serviço, não poderia atender aos propósitos edificantes. Naturalmente, ele é responsável pela manutenção dos recursos interiores, tais como a tolerância, a humildade, a disposição fraterna, a paciência e o amor cristão; todavia, precisamos cooperar no sentido de manter-lhe os estímulos de natureza exterior, porque se o companheiro não tem pão, nem paz relativa, se lhe falta assistência nas aquisições mais simples, não poderemos exigir-lhe a colaboração, redundante em sacrifício. Nossas responsabilidades, portanto, estão conjugadas nos mínimos detalhes da tarefa a cumprir.
...
Observe. Estamos diante do psicógrafo comum. Antes do trabalho a que se submete, neste momento, nossos auxiliares já lhe prepararam as possibilidades para que não se lhe perturbe a saúde física. A transmissão da mensagem não será simplesmente <tomar a mão>. Há processos intrincados, complexos."
O mentor e seu pupilo se comprometem com o trabalho espiritual antes da encarnação do médium e, diferente do que muitos acham, o médium não é obrigado a receber sua aptidão, ele que a solicita para saldar débitos contraídos em vidas anteriores e acelerar a sua evolução espiritual. O trecho abaixo, retirado do livro Missionários da Luz, fala sobre os compromissos assumidos entre médium e mentor:
"Assinalando a perfeita comunhão entre o mentor e a tutelada, indaguei por minha vez se uma associação daquela ordem não estaria vinculada a compromissos assumidos pelos médiuns, antes da reencarnação, ao que Áulus respondeu, prestimoso:
- Ah! sim, semelhantes serviços não se efetuam sem programa. O acaso é uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço. Gabriel e Ambrosina planejaram a experiência atual, muito antes que ela se envolvesse nos densos fluidos da vida física."
Podemos ter o envolvimento de outros espíritos (mentores, instrutores, auxiliares, médicos, etc) na tarefa executada pelo médium, tudo depende da sua missão, do objetivo que a espiritualidade maior traçou para sua atual encarnação..
Existem casos em que mais de um mentor está ligado ao médium, embora todos façam parte da mesma equipe e exista uma hierarquia, onde o chefe é o espírito mais puro e experiente.
O mentor então dedica parte do seu tempo para desde pequeno preparar o seu pupilo para o trabalho mediúnico. Não é incomum o médium lembrar vagamente de alguns ensinamentos recebidos durante o sono, mesmo quando criança.

4 - Aproximação e Afastamento do Mentor
Conforme o médium vai se aproximando da idade chave para início da sua tarefa espiritual o mentor atua de forma mais intensa, buscando levar o seu tutelado para uma casa onde ele possa receber os ensinamentos que serão à base de seu trabalho.
Como falamos em um tópico anterior o chamado do mentor é suave, se o médium se recusa a iniciar sua tarefa então ele se afasta para retornar no caso do médium desejar sinceramente iniciar seu trabalho espiritual. Sob o ponto de vista espiritual podemos traduzir isso como um afastamento vibratório, ou seja, o médium não consegue sintonizar na faixa vibratória do mentor, isso acontece pelo tipo de vida física, emocional e mental que ele leva.
O mentor então não tem outra opção além de se afastar para se aproximarem os que se afinizam com o grau vibratório do médium, os obsessores.
O afastamento do mentor por “quebra” de compromisso por parte do médium abre a janela que ele possui para o mundo espiritual, deixando-a desguarnecida, o caminho fica livre para a obsessão e vampirismo de espíritos do astral inferior. Copio abaixo um trecho do livro Dr. Fritz, o Médico e sua Missão:
"Por que muitas vezes os mentores se afastam?
Os mentores não se afastam. Os médiuns é que se afastam do trabalho, geralmente por conveniências materiais, ambição, vaidade, irresponsabilidade e acomodação. Muitos são até aliciados pelas futilidades do plano físico, falta de vontade e preguiça de estudar."
Narci Castro também fala sobre o afastamento dos mentores no livro Mediunidade e Médiuns:
"Porque o responsável pela abertura prematura do chakra - o mentor do médium ou seja, seu espírito protetor – se coloca como guardião do mesmo , impedindo que energias hostis o perturbem. Daí a necessidade imperiosa do médium não deixar de cumprir seu compromisso de se tornar intermediário para minorar o sofrimento dos que padecem sobre o efeito de obsessões. Pode-se entender, então, o sofrimento vivenciado pelo médium antes de começar sua tarefa mediúnica quando ele não responde prontamente ao chamado para tal. São muitos os casos, de nosso conhecimento, de severas perturbações, vivenciadas pelo médium, que podem provocar a sua passagem por tratamentos psiquiátricos."
Se o médium não procurar ajuda, a obsessão e vampirismo acabarão se tornando possessão, ficando cada vez mais difícil afastar o(s) obsessor(es).
O mentor acompanha o médium mais de perto, contudo, dependendo do trabalho que será exercido, outros espíritos podem fazer parte do grupo que o auxilia. Se um médium se vincula a um centro espírita ou templo de umbanda ele também recebe a proteção e auxílio da equipe espiritual da casa.
 
5 - Substituição do Mentor
O Mentor pode ser substituído durante o trabalho do médium, por vários motivos, entre eles podemos citar:
•  Necessidade do mentor encarnar.
•  O Mentor receberá uma nova incumbência espiritual e suas responsabilidades não permitirão o apoio necessário ao médium.
•  O Médium pode receber novas responsabilidades espirituais, como por exemplo se tornar responsável pelo centro.
• O Médium desperdiça as várias oportunidades de seguir o caminho espiritual, nesse caso o mentor pode receber novas responsabilidades e o médium recebe um novo mentor, que nesse caso se chama Obsessor.



6 - Umbanda
Na umbanda é muito comum o médium possuir vários guias, sejam eles caboclos, pretos velhos, crianças, exus, indianos, etc. Geralmente o espírito que se manifesta é o mais adequado para o tipo de trabalho realizado. O médium da Umbanda treinado incorpora (psicofonia) qualquer um dos seus guias.
Os médiuns da Umbanda tem um profundo respeito e amor pelos seus guias e os cantos que realizam são formas de “firmar” sua ligação, é uma forma de "puxar" o guia. Todo o trabalho realizado com as energias da natureza pelos pretos velhos e caboclos é muito bonito e pode ser sentido pelas pessoas mais sensíveis. É importante lembrar mais uma vez que na Umbanda não existe morte de animais, somente plantas são utilizadas.


7 - Cuidados com a Idolatria
Todo médium deve saber a diferença entre respeito e carinho da idolatria, o mentor é um espírito ainda em evolução, não alcançou a perfeita ligação com Deus, como os Anjos e Mestres, por isso todo ensinamento, intuição, informação, etc, que o médium ache que foi passada pelo mentor deve sempre passar pelo crivo de sua razão, pois o responsável pelo ato é o médium.
Allan Kardec fala sobre isso diversas vezes no Livro dos Médiuns, ressaltando sempre a importância de analisar o conteúdo das informações passadas e escutar opiniões de outros médiuns, assumindo sempre uma posição de humildade, assim ele evitará a fascinação que pode ser exercida por espíritos obsessores.
Mesmo médiuns experientes podem ser vítimas da fascinação, por isso devem estar sempre alertas, assumindo uma postura de humildade.

3 - Encontrando o Lugar para Frequentar

Fechando esse tópico falamos sobre um assunto que preocupa alguns médiuns - a casa que deve frequentar.
Existem médiuns que não têm perfeita sintonia com local onde se encontram, diferente do que muitos acham isso não é problema da casa ou do médium, muitas vezes aquele não é o lugar do médium e essa sensação (em alguns casos) é um aconselhamento para buscar um novo local.
Cuidado para não generalizar essa informação, somente depois de algum tempo frequentando um centro você consegue ter uma ideia se aquele é o seu lugar. O médium não deve deixar o centro por pequenas discussões ou porque pequenas coisas o desagradam, lembre-se que nenhum local será perfeito.
Alguns médiuns se perguntam... Mas e o mentor?? Vou perder o mentor??
O mentor (o verdadeiro) pode ir a qualquer casa ou templo, somente espíritos inferiores são barrados em centros sérios.
Mesmo em tipos de reuniões que o médium frequenta com desaprovação do mentor (geralmente onde o intercambio mediúnico tem interesses inferiores ou egoístas) ele pode estar presente, contudo, nessas reuniões ele não se manifestará, somente em situações extremas.
O caboclo pode se expressar em um centro espírita e o doutor se apresentar em um templo de Umbanda, isso é permitido e já foi relatado em alguns livros (Tambores de Angola explora esse assunto com bastante profundidade).
O médium deve frequentar a casa que o agrade, se ele gosta dos cantos da Umbanda, das energias da Natureza, dos tipos de trabalho realizado nos templos então que siga esse caminho, os centros espíritas já trabalham de outra forma, existe espaço para todos. Atualmente existem centros, como o que frequento, onde os caboclos e os pretos velhos auxiliam nas reuniões de desobsessão e em vários trabalhos, contudo, a forma de trabalhar é parecida com a do centro espírita.
Existe uma grande diversidade de casas espiritualistas, não estar harmonizado com a casa que frequenta não é desculpa para parar com o estudo e trabalho espiritual.
 


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Fofocas em Terreiro

Ditado pelo sr. caboclo sete estrelas
Em um determinado dia que não sei precisar fui convidado por um amigo espiritual a visitar, em três ocasiões, um templo de umbanda que me é intensamente particular.
Fui então volitando com a entidade amiga até descermos em direção ao portão de entrada do terreiro; o amigo espiritual olhou assim para mim e disse:
— Companheiro, antes de entrarmos neste templo religioso é muito importante que eu lhe explique algumas coisas, tudo bem?
— Sim senhor.
— Primeiramente acho que é desnecessário informar o fato de que a identidade deste templo deve ficar sob sigilo.
— Sim senhor.
— Peço-te anonimato apenas pelo fato deste templo religioso não ser o melhor ou o pior terreiro de umbanda existente no solo brasileiro, mas tão somente por situações extremadas que acontecem dentro dele não serem exclusivamente específicas a ele, está entendendo?
— Sim senhor
— O outro fato que desejo lhe comunicar é que esta será a primeira de uma série de três visitas que nós faremos a esta instituição religiosa.
— Verdade?
— Certamente. Penso que ao fim de nossa terceira visitação você estará preparado para deixar em escrito para seus irmãos de fé uma preciosa advertência para que possam alcançar verdadeiramente a evolução moral e espiritual nos respectivos terreiros que estes freqüentam regularmente. Peço-te respeito, fé e bastante equilíbrio tanto emocional quanto mental.
— Sim senhor, procurarei fazer o meu melhor.
— Então entremos.
E dizendo isto a entidade espiritual foi adentrando o templo, mas não sem antes fazer a saudação que todos os Srs. Caboclos fazem ao avistarem os guardiões das tronqueiras de um terreiro de umbanda. Eu também os saudei à minha forma pedindo proteção e força para os trabalhos que aconteceriam naquela noite. Na realidade eu estava achando estranho o fato de não haver uma única luz acesa no terreiro bem como a total ausência de médiuns encarnados, olhei, então, assustado para a entidade amiga e foi quando ela esclareceu-me:
— Hoje, neste terreiro, não haverá gira companheiro.
— Como?
— Se não vai haver gira você, então, quer saber por que foi trazido até aqui, não é verdade?
— Se tivesse como eu gostaria sim senhor!
— Mas eu gostaria que, primeiramente, você pudesse ver.
E dizendo isto o Sr. Caboclo depositou por alguns segundos a sua destra em minha fronte. Ao retirá-la espantei-me imediatamente porque as lâmpadas físicas do templo estavam apagadas, mas mesmo assim com a claridade que eu via no terreiro era como se elas estivessem acesas.
— Não se espante com isto companheiro, na cópia etérea deste templo as luzes realmente estão acesas.
Eu fiz uma careta de interrogação e já ia me pronunciar a respeito quando escutei, respeitosamente, sua voz a dizer-me:
— Não se preocupe com isto companheiro procure, antes, concentrar-se para enxergar aquilo que realmente importa ser visto esta noite, pois, afinal, foi para isto que coloquei minha destra em sua fronte: para clarear sua visão espiritual.
— Sim senhor. Vou seguir agora mesmo Vossa determinação.
E passado alguns segundos eu pude ver e, o que eu vi, me fez pensar que estava participando de algum filme de terror: as paredes do terreiro estavam todas recobertas por uma espécie de gosma marrom-enegrecida por onde rastejavam alguns tipos de larvas e vermes, flutuando por todo o terreiro havia uma fumaça preta e tênue e eu, já bastante assustado, exclamei:
— Meu Deus que coisa nojenta e horrível!!!
— Calma companheiro, existem coisas piores.
— Impossível, nada pode ser pior que ver isto.
— Não? Então me deixe dilatar sua percepção olfativa!
Olhei para ele com os olhos assustados e foi ai que ele mostrou o esboço de um sorriso na face e esclareceu-me prestimoso:
— Não se assuste, não há necessidade de fazê-lo sentir o cheiro terrivel de enxofre eu apenas aventei a possibilidade para que vocês, encarnados, nunca se desesperem e digam, no desespero, que uma determinada situação jamais poderá ficar pior ou melhor. Tudo e qualquer coisa sempre pode ficar pior ou melhor, só depende das escolhas que vocês façam na vida, entende?
— Sim senhor!!!
— Você está assustado com o que está vendo, não é verdade?
— Totalmente.
— Felizmente eu não posso lhe ajudar.
— Felizmente??????
— Isto. Sabe por quê?
— Não senhor.
— Você sabe que a luz afasta as trevas, certo?
— Certo.
— Mas você já viu isto alguma vez?
— Não.
— Então apenas observe.
Quando a entidade disse isto eu comecei a ver e o que eu vi e ouvi é quase indescritível: passei a escutar intensos e incontáveis assobios e bater de palmas ritmadas como se houvessem dezenas de pares de mãos invisíveis aos meus olhos, instantes depois eu comecei a sentir um forte odor de terra como se estivesse dentro de uma mata, notei então que na região central do terreiro eu passei a ver um tipo de portal na coloração laranja com a forma de um circulo abrindo lentamente e de maneira centrifuga, do interior deste portal saiam pequenos e incontáveis seres de fogo que retiraram toda a gosma da parede e que atraíram toda a fumaça para dentro do portal, após tudo isto, da mesma forma que vieram, estes seres se foram e portal fechou-se imediatamente. Não consegui segurar o assombro e disse:
— Meu Deus do céu!!!!
— O que foi companheiro?
— O senhor poderia me dizer o que foi que acabou de acontecer por aqui?
— Simples companheiro: o terreiro estava sujo e agora não está mais e é só o que devo lhe informar.
— Eu poderia saber quais foram os “lixeiros” que o auxiliaram a limpar a sujeira? Digo isto porque eu pude escutar vários bater de palmas e assobios instantes antes da limpeza, mas não pude enxergar quem estava a fazê-los.
— Olhe companheiro, agradeça a Deus por tudo que você pôde ver, pois foi tudo aquilo que o seu merecimento lhe facultou a enxergar.
Entendi o recado velado da entidade espiritual e respondi:
— Sim senhor, sempre hei de agradecê-lo, perdão pela curiosidade.
— Não há nada que perdoar companheiro a curiosidade , quando bem administrada, sempre há de ser um bem. Não se entristeça, sei da sua intensa curiosidade e lhe digo que posso esclarecer-lhe em coisas que você precisa saber em relação à noite de hoje.
— Preciso?
— Exatamente.
— Então, fique a vontade para esclarecer-me, prometo calar minha curiosidade e focar toda minha atenção para escutá-lo.
— O que vem antes do esclarecimento?
— A dúvida.
— E qual é a sua dúvida?
— Mas eu não sei o que o senhor pode responder para mim!
— Fácil, pergunte sobre a primeira dúvida que lhe ocorreu assim que entramos neste templo sagrado.
— Ah tá!!! A primeira dúvida que surgiu a minha mente foi: que gosma nojenta é esta pelas paredes?
— Esta é uma questão que posso lhe responder, mas também não seria interessante saber como ela veio parar por aqui?
— É verdade!!!
— Mas vamos por partes: primeiramente gostaria de fazer-lhe uma pergunta, posso?
— Sim senhor!!! Fique a vontade!!!
— Então companheiro diga-me qual seria a melhor forma de você prevenir-se contra uma gripe?
— Uma gripe?
— Exatamente. Por acaso a melhor forma seria afastar-se das pessoas que se encontram gripadas?
— Penso que não porque vivemos em sociedade nos relacionando constantemente com outros seres humanos com que, muitas vezes, somos forçados a conviver como vizinhos, amigos, colegas de trabalho, irmãos de fé, etc.
— Sendo assim, qual a melhor forma profilática contra a gripe?
— Penso que seria a prática regular de atividades físicas e a ingestão constante de vitamina C.
— E eu lhe digo que a resposta está correta companheiro e penso que esta sua resposta responde tua pergunta relativa à gosma negra.
— Como assim?
— Todo terreiro de umbanda é um hospital certo?
— Certo.
— E o que acontece com um hospital se ele começar a receber pacientes com moléstias altamente contagiosas e relaxar com a profilaxia em relação a estas?
— Contaminação geral.
— Perfeitamente. Então, neste terreiro onde estamos, que sei lhe é particular, estão relaxando com a profilaxia contra algumas doenças da alma.
— Doenças da alma?
— É companheiro, enfermidades morais.
— Como assim? O senhor está querendo me dizer que o corpo mediúnico desta casa de caridade não está junto para trabalhar com sinergia e evitar que as enfermidades morais da assistência causem malefícios aos médiuns?
— E quem disse a você que o vetor destas enfermidades morais é a assistência deste templo sagrado?
— Então o senhor está querendo dizer para mim que os médiuns da casa, ou seja, aqueles que deveriam auxiliar as entidades espirituais na prática da caridade contra doenças morais, são os mesmos que as estão transmitindo?
— Exatamente.
— Deus do céu, o que é isso Jesus?
— Isto não é Jesus companheiro, isto é o ser humano. Entenda que Jesus está nesta casa de caridade que faz o bem, que auxilia o próximo de forma gratuita e consistente, mas Jesus promove a luz e são a grande maioria dos médiuns deste terreiro que praticam a caridade, os mesmos que chegam a ofuscar esta luz contaminando seus irmãos de fé com a mais severa das moléstias da alma.
— E qual seria ela: o orgulho, o egoísmo, a avareza?
— Não companheiro, a mais terrível destas moléstias é aquela que se propaga mais facilmente e, assim, adoece aos médiuns com mais rapidez e profundidade: a fofoca.
— O que? Aquela gosma nojenta e aquela fumaça negra que estava presente neste terreiro quando aqui chegamos foram causadas por fofocas?
— A fofoca, a maledicência, as formas-pensamento presentes na psicosfera dos médiuns, entre outros, podem enlamear e derrubar todo e qualquer terreiro.
— Mas a fofoca me parece pouco para derrubar uma casa de caridade que promove o bem.
— Responda-me uma coisa: meia dúzia de cupins pode parecer pouco para derrubar uma casa de madeira, mas se estes seis não forem exterminados proliferarão e farão com que a bela casa um dia venha a pique, não é verdade?
— O senhor tem razão, entendi aonde quer chegar, mas porque o sacerdote deste templo não toma alguma medida de urgência para acabar com este mal de forma consistente?
— Por quê? Esta pergunta está ligada ao objetivo principal da sua segunda visitação a este terreiro. Espero o seu retorno em dois dias.
Queria ainda perguntar uma coisa ou outra, mas não teve jeito, somente dois dias depois, e era uma quarta-feira, foi que eu retornei a mesma casa de caridade e encontrei a entidade espiritual que tanta coisa me esclarecera na visitação anterior. Ele estava na porta do templo a me receber.
— Salve Tupã, nosso pai maior!!! Que bom que você pôde retornar para esta visitação, mas antes de adentrarmos o templo responda-me: qual foi mesmo o motivo de sua primeira visitação?
Pensei bastante antes de responder e me pronunciei:
— Penso que foi observar até que ponto uma terrível doença moral como a fofoca pode trazer tantos malefícios a uma casa de caridade, seja ela de qual religião for, acrescentei.
— Muito bem companheiro!!! Vejo que a primeira visitação foi bastante proveitosa para você, mas antes de observar, com fins de estudo, os acontecimentos desta noite, acho importante lhe esclarecer um motivo oculto de sua primeira visitação que está intrinsecamente ligado à visita da noite de hoje.
— Motivo oculto?
— Sim. Você sabe por que houve todo aquele ritual de limpeza energética, e etérica deste terreiro na sua primeira visitação?
— Não senhor.
— Para preparar esta casa de caridade para a reunião desta noite.
— Mas esta noite haverá reunião na casa? Por que então eu só estou vendo menos de uma dezena de médiuns dentro dela?
— Por que hoje acontecerá uma espécie de reunião especifica e fechada para certos médiuns.
— Certos médiuns?
— Sim, médiuns responsáveis pelo controle, pela administração, pelo bom andamento na parte física das reuniões religiosas deste templo.
— Na parte física?
— Sim, pois em toda reunião em qualquer casa umbandista há sempre uma parte da reunião que acontece na parte física do templo, enquanto outra acontece no plano espiritual.
— Entendo. Eu poderia saber o motivo desta reunião?
— Sim. O dirigente espiritual da casa, “incorporado” em seu médium, está juntamente com outros seis médiuns não “incorporados”, tanto para deliberar diretrizes a respeito do novo ano religioso do terreiro que está para se iniciar daqui a três dias, quanto para escutar deles informações relativas ao comportamento do corpo mediúnico dentro do terreiro no ano que se passou.Entendido?
— Sim senhor!
— Então venha que os trabalhos estão prestes a começar!!!
Atendi a determinação da entidade instantaneamente e pude observar que a reunião, de fato, iria começar naquele momento.
A entidade colocou a destra em minha fronte e, à medida que a reunião prosseguia, eu comecei a ver situações que beiram o surreal e com um fator comum em todas elas: é que em determinadas situações aparecia um tipo de névoa preta na região acima da cabeça do médium que conversava com o Sr. Preto-velho que é o dirigente espiritual daquele terreiro. Assustado, olhei ao lado e perguntei a entidade que estava a me acompanhar que névoa enegrecida era aquela e sua resposta assustou-me ainda mais:
— Fofoca.
— Como?
— Fofoca companheiro, firme sua visão na névoa negra da médium que está a conversar neste instante com o dirigente espiritual da casa e você compreenderá o que digo.
Passei a fazer o que me foi determinado e, após alguns minutos, tudo se esclareceu: a névoa negra que estava um pouco acima da cabeça da médium que estava conversando com o Sr. preto-velho em questão começou a transmitir imagens como se fosse uma espécie de televisão de dez polegadas.
Nestas imagens eu via uma outra médium contando para esta em questão uma determinada situação inverídica a respeito de um médium daquela casa.
Assustei-me novamente com o que vi e perguntei a entidade que estava a acompanhar-me:
— Mas e o Sr. Preto-velho dirigente desta casa? Por acaso ele não sabe que estão lhe passando informações que são um monte de calúnias e fofocas, sejam elas propositais ou não?
— Acontece que os médiuns não estão contando só calunias para a entidade-chefe.
— O senhor está correto, mas a cada vez que a calúnia acontece esta névoa negra surge acima da cabeça deles, será que a entidade-chefe não pode ver as calúnias e fofocas que estão lhe contando?
— A maioria delas sim, mas muitas outras não.
— Mas porque não?
— Os motivos são variados e variáveis, mas eu posso lhe falar apenas dois entre estes. O primeiro motivo reside no fato de toda entidade espiritual ser uma parte de Deus e não o próprio Deus.
— Como assim?
— Somente Deus é onisciente e, portanto, somente Ele sabe de todas as coisas.
— Entendo o que o Sr quer dizer, mas qual é o segundo motivo?
— Uma grave enfermidade moral que o sacerdote deste templo possui e que, muitas vezes, embaça o seu bom-senso. Uma enfermidade filha do ódio conhecida como rancor.
— O sacerdote é rancoroso, é isso?
— Exatamente e extremamente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
— Mas se a fofoca faz com que esta casa de caridade fique com um aspecto espiritual tão asqueroso como presenciei há dois dias e se o sacerdote dela, além de ter o extremo rancor como conselheiro, tem como fiéis “escudeiros” médiuns com a enfermidade moral da fofoca em estágio avançado isto só pode significar que esta casa de caridade está em vias de entrar em extinção, infelizmente eu estou certo?
— De forma alguma!!!
— Não?
— Não!!!
— Mas não foi o Sr. Quem disse que meia dúzia de cupins, com o tempo, podem acabar com uma casa feita totalmente de madeira?
— Isto eu realmente disse, acontece que este terreiro não é formado apenas por “médiuns-cupins”, aqui também existem “médiuns-formigas”.
— “Médiuns-formigas”?
— Sim. Aqueles médiuns simples, humildes que quase não são notados, médiuns pequeninos em vaidade e que procuram trabalhar em conjunto com vistas ao bem maior que é a caridade.
E eu, sensivelmente emocionado, respondi:
— Acho que entendo o que o senhor quer dizer.
— “Médiuns-formigas”, enfim, são aqueles que, como disse um mano meu em uma certa prece, “ estão na umbanda pela umbanda, na confiança pela razão, são também trabalhadores silenciosos cujas ferramentas chamam-se DOM e FÈ, e cujos ‘salários’ de cada noite são pagos com uma só moeda, que traduz o seu valor numa única palavra a INGRATIDÃO”.
— Estou entendendo.
— Enquanto aqui nesta casa de religião houver “médiuns-formigas” esta casa jamais cairá.
— Eu até entendo isto que o Sr. me diz, mas a enfermidade moral da fofoca está contaminando a muitos aqui neste terreiro, o Sr. não acha?
— Acho e é justamente por isso que você retornará aqui em espírito pela terceira e ultima vez daqui a três dias às dezesseis horas para participar da gira inaugural deste ano que acabou de começar, estamos entendidos?
— Sim senhor.
— Então vá na força e na luz de Tupã Todo-poderoso.
Três dias depois, em uma tarde ensolarada, lá estava eu naquela casa de caridade com a entidade amiga que me acompanhou nas duas visitações anteriores a esperar-me na porta de entrada do templo.
— É muito bom vê-lo tão disposto para desempenhar a tarefa de hoje!!!
Eu olhei um tanto receoso para ele e foi nisso que eu o ouvi dizer:
— Não precisa se preocupar companheiro, hoje você não verá gosma nojenta e nem telas mentais assustadoras.
— Não?
Perguntei eu num misto de alegria e alivio para ouvi-lo responder novamente com o esboço de um sorriso no rosto:
— Não. Sua tarefa nesta tarde também está ligada intrinsecamente com as das duas visitações anteriores e consiste em anotar textualmente, para depois deixar de amostra para seus irmãos de fé, a palestra que o Sr. Caboclo que chefia os trabalhos deste templo ministrará para todos os aqui presentes no dia de hoje.
— Sim senhor.
— Perpetue esta palestra de hoje porque ela sempre haverá de ser, na força de Tupã iluminado, um ótimo antídoto contra o veneno moral da fofoca.
— Sim senhor
— Ao término da palestra você despertará instantaneamente em cima de seu leito.
— Sim senhor.
— Que Tupã iluminado e sagrado sempre abençoe e ilumine o seu caminho!!!
— Que assim seja!!!
Foi só o que eu, intensamente agradecido, pude responder a entidade amiga antes de começar a registrar a palestra que o Sr Caboclo que chefia os trabalhos da casa estava prestes a iniciar:



“ Saravá a todos os filhos aqui presente no dia de hoje, que Tupã iluminado abençoe a presença de todos vocês nesta casa de caridade.
Este Caboclo sabe que o sol lá fora está forte, mas também sabe que O Todo Poderoso Tupã faz iluminar no coração de vocês um calor que é ainda mais forte que o do sol que é o calor da fé. Foi esta fé que trouxe vocês aqui e que esta fé possa fazê-los alcançar o que vieram buscar aqui, nesta casa de caridade, que é casa de vocês mesmos.
A palavra deste Caboclo hoje é muito curta e está relacionada com a fé de cada um.
Este Caboclo começa com uma pergunta: qual é a arma que traz mais malefícios à humanidade?”
Devo confessar que achei um tanto quanto chocante a pergunta do Sr. Caboclo, mas a assistência encarou de forma natural e a grande maioria até mesmo respondeu que era a bomba, o Sr. Caboclo,então, continuou a palestra:
“ A grande maioria de vocês respondeu que é a bomba e este Caboclo realmente fala que a bomba é uma grande ceifadora de vidas em massa. A natureza evolui, os conhecimentos de vocês evoluem e infelizmente o desejo do homem de fazer o mal parece que evolui da mesma forma por que se antes só existiam bombas atômicas hoje já existem as químicas e, pasmem, o homem brincando de Deus criou uma bomba que usa uma forma de vida para tirar outras milhões de vidas que é a bomba biológica, entretanto companheiros qualquer bomba é tão somente aquilo que já disse antes: uma grande ceifadora de vidas em massa, mas não é a arma que traz mais malefícios a humanidade porque esta arma de que falo é anterior a criação da primeira bomba e eu gostaria que vocês dissessem para mim qual é esta arma”.
Muitas pessoas na assistência deram respostas variadas, mas uma dentre elas chamou a atenção do Sr. Caboclo: o fogo. Foi ai que Ele retomou a palestra:
“ Companheiros, existem muitos alimentos que se não fossem o fogo vocês não poderiam ingerir tanto por que é ele que os amolece, quanto por que é ele que elimina formas de vida microscópicas nocivas a saúde do ser humano e só por isso que vos falo vocês já podem perceber que o fogo, em si, é um bem, uma das formas de manifestação da misericórdia de Deus que os homens tanto podem usar para fazer o bem ou fazer o mal, mas que, justamente por isto, não é a arma que traz mais malefícios a humanidade. Gostaria muito que vocês me ajudassem a descobrir qual é esta arma, entretanto devo informar que vocês só tem mais uma chance.”
A entidade palestrante esperou alguns instantes até que uma pequena maioria respondeu que são as armas de fogo, e foi a partir deste ponto que ele retomou a palestra:
“ Arma de fogo infelizmente não é a resposta correta, mas fará deduzi-los que resposta seria esta, por que este Caboclo deseja que vocês pensem nos fatores que podem fazer um ser humano apertar o gatilho de uma arma e antes que vocês comecem a imaginar que este Caboclo não está falando coisa com coisa, ele revela que a arma que traz mais malefícios ao ser humano é a própria língua dele.
O dedo do homem pode apertar o gatilho, mas só se a mente dele desejar e o que pode fazer com que a mente de um ser humano venha a querer tirar a vida de outro?
Este Caboclo fala que é a língua por que se um filho de uma raça cresce escutando falar que um outro, de outra raça, também é filho de Deus este, quando crescer, não terá motivos para tirar a vida daquele e vice-versa; se um filho cresce escutando que povos de outros paises são irmãos seus, então ele não terá motivos para querer tirar a vida de outro ser humano pelo fato dele pertencer a outro país; um homem pode ter extremo ódio de outro, mas se ele não tiver nenhuma maneira de comunicar isto a outros este ódio morre com ele, entretanto, se ele conseguir passar todo este ódio para pelo menos uma pessoa, então milhões de vidas poderão ser ceifadas como aconteceu de forma análoga no genocídio de judeus na segunda grande guerra.
A língua do homem pode ser uma arma tão terrível e perigosa que Nosso Senhor Jesus Cristo disse certa vez que o que mata o homem não é o que entra em sua boca, mas sim o que sai dela, ou seja, as palavras.
Podendo a língua de o homem ser tão maléfica por que Tupã iluminado o dotou com esta? Este Caboclo fala que foi para que o homem soubesse e aprendesse desde cedo que para tudo na vida ele tem escolhas e que estas ou levam-no para o melhor caminho, que é o da evolução junto a Tupã, ou para um outro caminho que possa atrasar sua evolução e é assim que os filhos na terra ou vão aprendendo a usar a língua para congratular-se com seus irmãos ou para ofendê-los com impropérios.
Queridos companheiros a mente humana pode criar as mais perfeitas maldades, mas só a sua língua pode coletivizá-la e o que vocês que estão tanto na frente deste Caboclo, aí na assistência, quanto os cavalinhos que estão aqui com ele estão coletivizando com seus filhos, seus irmãos, seus pais, seus parentes, seus vizinhos, seus colegas de escola, seus colegas de trabalho, seus parceiros em atividades coletivas de lazer, sua cidade, seu pais, seu mundo???
Sei que nenhum espírito humano é perfeito, a começar por este Caboclo que vos fala, mas este Caboclo espera em Tupã Nosso Pai que vocês só estejam coletivizando o amor, a fé, a justiça Divina, a lei de caridade, o conhecimento do bem, a vida e o desejo de evolução junto a Tupã iluminado, por que da mesma forma que é fácil iniciar um incêndio e difícil extingui-lo, também é bastante fácil criar uma maledicência e espalhar uma fofoca e é extremamente difícil, em uma só encarnação, apagar os efeitos nefastos que estes verdadeiros incêndios verbais causam na vida das pessoas que foram caluniadas e ofendidas.
Reflitam sobre isto companheiros e que Tupã Iluminado abençoe a todos vocês.”

fonte: http://pedrorangelsa.blogspot.com/2008/03/lies-sinceras-de-um-caboclo.html

FOFOCA NO TERREIRO: COMO ACABAR COM ELA

De todos os males que afligem uma Casa Umbandista, o pior de todos é a maledicência, popularmente conhecida como fofoca.

"Você viu fulana? Vem aqui no Terreiro só pra olhar a vida dos outros."
"É mesmo. Detesto gente assim"
"E sicrana? Você viu a roupa que ela está usando? Horrorosa."

Em todo terreiro a conversa se repete. Quem nunca fez um comentário malicioso sobre um irmão de santo?

Embora possam parecer inofensivos, esses comentários de canto de boca acabam prejudicando a todos e principalmente a Gira. Sem falar na corrente que fica totalmente enfraquecida.


A fofoca é sempre negativa. Não existe fofoca boa. Quase sempre ela é motivada pela inveja. Ela rouba a energia, tempo e o axé do terreiro, conquistado com tanto sacrifício.


É usada geralmente pelas pessoas mal sucedidas na vida, seja no campo material ou no espiritual. A pessoa de sucesso não está preocupada em criticar os outros. Esta focada na realização e não na opinião.


Não é só na Umbanda que ela está presente. Está presente em todas as outras religiões. E também em outros setores da vida social: no trabalho, na escola, na família, etc. 


Os estragos que ela trás podem ser irrecuperáveis, por isso é obrigação de todos cuidar para que ela acebe ou pelo menos seja minimizada. 


O primeiro passo, se você não quer ser alvo disso, é abster-se de emitir comentários a respeito de outras pessoas. É a tal história: se cada um fizer a sua parte.


Mas não temos como controlar a língua do outro. Mas nem por isso devemos retransmitir o que eles pensam. Assim sendo, evite de se prestar ao trabalho de "mensageiro de fofocas": se ouviu, entra por um ouvido e sai pelo outro, ou seja, esqueça!


O dirigente da Casa tem algumas técnicas que podem ser usadas. Primeiro, esclareça sempre os perigos da fofoca.
  • educar a todos sobre os efeitos negativos de fofocas sobre a moral dos outros médiuns.
  • discutir como causa a percepção desnecessários e prejudiciais dos outros que podem levar a conclusões erradas e prejudiciais sobre um indivíduo.
  • mencionar que a fofoca não é fato, mas em grande parte observações opinativas e julgamentos com base em uma falta de informação e perspectiva.
  • descrever os atributos de um fofoqueiro: alguém que se concentra apenas no negativo, que escolhe as fraquezas dos outros, e que não pode ser confiado com informações porque eles vão espalhá-lo como uma praga.
  • salientar que fofocar é um comportamento inaceitável e antiético.


Sabemos que é quase impossível acabar com a fofoca. Mas quanto mais importância dermos a ela mais ela cresce e pior fica o ambiente. 

Enfim, EDUCAR e VALORIZAR o diálogo aberto e em grupo.


sábado, 11 de maio de 2013

A TENDA ESPÍRITA MIRIM EM 1924


A TENDA ESPÍRITA MIRIM EM 1924
Benjamin Gonçalves Figueiredo, então com dezessete anos, participava com sua família de sessões espíritas (kardecistas) até que, em março de 1920, em uma dessas reuniões, Caboclo Mirim incorporou o jovem médium e anunciou que aquela seria a última sessão de Kardec realizada por aquela família e que as próximas passariam a ser de Umbanda, religião apresentada apenas há pouco mais de dez anos.

Ponto riscado do Caboclo Mirim
 
 A partir de então, toda a família Figueiredo viu-se envolvida na formação daquele que seria um dos mais importantes núcleos umbandistas do Brasil. Aos 13 dias do mês de março do ano de 1924 considerou-se fundada a Tenda Espírita Mirim. Desde o início Caboclo Mirim advertiu que aquela seria uma Organização única no gênero em todo o Brasil, cujo método seria adotado por outras Tendas, até mesmo em outros Estados da Federação.

De fato, o ritual da Tenda Mirim sempre se destacou no meio umbandista por trazer influencias de correntes filosóficas que vão desde o Ocultismo e à Teosofia ao Espiritismo de Allan Kardec. Caboclo Mirim aboliu do seu culto diversos elementos que estavam intimamente ligados à noção de que se tinha das “macumbas” e feitiçarias reinantes naqueles tempos, bem como alguns outros também relacionados ao culto católico e à cultura africana, em especial.

Ainda como parte da ruptura com outras religiões, nos terreiros orientados por Caboclo Mirim não se encontravam altares com as imagens católicas, apenas a de Jesus Cristo situado acima da altura da cabeça dos médiuns, onde se lia a inscrição “O Médium Supremo”. Os atabaques foram trocados por enormes tambores (tocados sentados), toalhas – de - guarda e as vestes rendadas coloridas, típicas da Bahia, deram lugar aos brancos uniformes e calçados, sempre sóbrios, como a lembrar a seus médiuns que todos eram apenas operários da fé, ou melhor, “Soldados de Oxalá”, como na letra de um belo hino da Tenda Mirim. Nenhum ornamento, nem guias, colares ou qualquer tipo de ostentação pessoal era aceita. Antes da abertura dos trabalhos, era até difícil ao visitante reconhecer os dirigentes dentre os demais médiuns da Casa. Foi um primeiro passo em busca de uma identidade própria para a Umbanda, buscando-se dignificar o culto e seus participantes, tendo como base a organização e a disciplina do conjunto do corpo mediúnico da casa umbandista. Percebe-se ainda a nítida influência do movimento positivista daqueles tempos, através de certa rigidez hierárquica e disciplinar no terreiro, o que, aliás, atraiu muitos médiuns militares para as fileiras das casas sob a orientação de Benjamin Gonçalves Figueiredo.

O Caboclo Mirim introduziu também o conceito de graduação aos seus médiuns em desenvolvimento, com uma classificação própria para cada um nos trabalhos de atendimento público. Foi, talvez, a primeira Escola de Formação Iniciática Umbandista! O novo adepto da religião iniciava seu desenvolvimento mediúnico na base da pirâmide hierárquica do terreiro, e ia ascendendo nela conforme em seu próprio ritmo, levando-se em conta a seriedade e a dedicação do neófito, e sempre de acordo com a intensidade e a qualidade com que seus próprios Guias trabalhavam junto ao médium. Com isso, durante seu desenvolvimento, o médium exercitaria várias funções dentro dos trabalhos de caridade. A nomenclatura dos sete graus foi baseada na terminologia da língua Nheêngatú, da antiga raça dos índios Tupy. Assim ficaram classificados:
· 1º Grau: Bojámirins - Entidades dos médiuns Iniciantes (I)
· 2º Grau: Bojás - Entidades dos médiuns de Banco (B)
· 3º Grau: Bojáguassús - Entidades dos médiuns de Terreiro (T)
· 4º Grau: Abarémirins - Entidades dos Sub-Chefes de Terreiros (SCT)
· 5º Grau: Abarés - Entidades dos Chefes de Terreiros (CT)
· 6º Grau: Abaréguassús - Entidades dos Sub Comandantes Chefes de Terreiros (SCCT)
· 7º Grau: Morubixabas – Entidades dos Comandantes Chefes de Terreiros (CCT)
A liturgia aplicada nos terreiros também introduzia novos conceitos à fé umbandistas. Caboclo Mirim sintetizou o tradicional panteão africano em algumas linhas de trabalho sob a égide de Tupã, o Senhor da criação na cultura Tupi-Guarani. Os Orixás evocados nos trabalhos da Tenda Mirim eram: Oxalá, Oxossi (e Jurema), Ogum, Iemanjá, Oxum, Nanã, Iansã e Xangô. Sempre se evitando o sincretismo com os santos católicos, principalmente nas curimbas cantadas.

As manifestações mediúnicas davam-se sempre através dos Caboclos, Pretos-Velhos e as Ibeijadas (crianças), e não havia sequer uma saudação aos Exus e Pomba-Giras, muito menos uma Gira ou sessão própria para o trabalho destes. Certamente uma atitude que visava ratificar a ruptura da Umbanda com as populares “macumbas”. Para muitos, Benjamin Figueiredo parecia ignorar completamente a existência do “Povo da Rua”, bem como a extensão e a importância dos trabalhos próprios dessa linha. Benjamin parecia ignorar, perante os olhares menos atentos... Realmente, nos tempos de Benjamin Figueiredo, as casas ligadas à Tenda Mirim não faziam Giras próprias de Exu e Pomba-Gira. Mas sua participação sempre foi fundamental na corrente astral da Casa. Com um olhar mais apurado observava-se a presença do “Povo da Rua” auxiliando desde o desenvolvimento dos médiuns iniciantes bem como trabalhando pesado no descarrego de médiuns e consulentes. Mas sempre de uma forma extremamente discreta, fosse junto aos Caboclos e Pretos - Velhos, fosse junto à parte do corpo mediúnico denominados “médiuns de banco”. Essa categoria de médiuns tinha como principal característica operar sempre sentado e de forma receptiva (ou passiva), em contraponto aos médiuns de terreiro incorporados com seus Caboclos, que ministravam o passe no consulente, de forma ativa. Os médiuns de banco se doavam fornecendo ectoplasma e também auxiliando na dispersão de energias maléficas e/ou miasmas, bem como na condução de almas sofredoras ou espíritos trevosos (“exunizados”).

Este era o trabalho fundamental das sessões de caridade sob a orientação de Caboclo Mirim.

Daí percebe-se que só com a segurança dos sempre alertas Exus e Pomba - Giras, em total sintonia e cooperação com as demais entidades presentes, se alcançava o pleno êxito em cada sessão. Além das sessões de caridade, outro evento importante sob a direção do Caboclo Mirim
eram as magníficas Giras mensais. Em seu enorme terreiro (20 x 50 metros), inaugurado em 1942, cerca de 2000 (dois mil!) médiuns da Tenda Mirim, suas filiais e Casas co-irmãs, confraternizavam com seus Caboclos e Pretos - Velhos em uma só poderosa vibração de amor aos Orixás e à Umbanda.

A partir dos anos 50, com um trabalho já bem consolidado na sua matriz no Rio de Janeiro, Caboclo Mirim responsabilizou vários médiuns a levar as Tendas de Umbanda ao longo de todo território nacional. A primeira casa descendente da Tenda Mirim foi criada em 30/06/1951, como filial, em Queimados, cidade de Nova Iguaçu. Depois desta, novas casas foram abertas em Austin, Realengo, Colégio, Jacarepaguá, Itaboraí e Petrópolis.
(Texto retirado da Internet com adaptações de total responsabilidade nossa)

Como Identificar um kiumba Incorporado


O que infelizmente observamos na mediunidade de muitos é a abertura para a atuação dos verdadeiros Kiumbas, se fazendo passar por Exus, Pombas Gira ou mesmo Guias Espirituais, trazendo desgraças na vida do médium e de todos que dele se acercam.
Notem bem, que um Kiumba, ser trevoso e inteligente, somente atuará na vida de alguém, se esta pessoa for concomitante com ele, em seus atos e em sua vida. Os afins se atraem.
O médium disciplinado, doutrinado e evangelizado, jamais será repasto vivo dessas entidades. Lembre-se que o astral superior é sabedor e permite esse tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, voltado à linha justa de seu equilíbrio e iniciação.
Como os Kiumbas são inteligentes, quando atuam sobre um médium, se fazendo passar por um Guardião, e imediatamente assumem um nome, que jamais será os mesmos dos Guardiões de Lei, pois são sabedores da gravidade do fato, pois quando assumirem um nome exotérico ou cabalístico iniciático de um verdadeiro Guardião, imediatamente e severamente serão punidos.
Por isso vemos, infelizmente, em muitos médiuns, esses irmãos do baixo astral incorporados, mas é fácil identificá-los. 
• Pelo modo de se portarem: são levianos, indecorosos, jocosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma;
• Quando incorporados: machões, com deformidades contundentes, carrancudos, sem educação, com esgares horrorosos e geralmente olhos esbugalhados. Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, comendo carnes cruas, pimentas, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando feito um desesperado, ameaçando a tudo e a todos. Geralmente ficam com o peito desnudo (isso quando não tiram à roupa toda); utilizam imensos garfos pretos nas mãos.
• Geralmente, nos ambientes em que predominam a presença de Kiumbas, tudo é encenação, fantasia, fofoca, libertinagem, feitiçaria pra tudo, músicas (pontos) ensurdecedoras e desconexas, nos remetendo a estarmos presentes num grande banquete entre marginais e pessoas de moral duvidosa.
• Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc. Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a fechamento de corpos, distribuindo “patuás e guias” a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um Kiumba como mentor.
• Certamente será um Kiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo ou destruí-lo.
• Os Kiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente (parente, amigo, pai de santo, etc.) para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.
• Os Kiumbas invariavelmente exigem rituais disparatados, e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua, bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. Atentem bem, que sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os da Luz, e sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos Kiumbas.
• Pelo modo de falarem: impróprio para qualquer ambiente (impropérios); É impressionante como alguém pode se permitir ouvir palavrões horrorosos, a guiza de estarem diante de uma pretensa entidade a trabalho da luz.
• Pelas vestimentas: são exuberantes, exigentes e sempre pedem dinheiro e jóias aos seus médiuns e consulentes.
• Os Kiumbas incitam a luxúria, incentivam às traições conjugais, as separações matrimonias e geralmente quando incorporados, gostam de terem como cambonos, alguém do sexo oposto do médium, geralmente mais novos e bonitos (imaginem o que advirá disso tudo).
• Os Kiumbas, nos atendimentos, gostam de se esfregarem nas pessoas, geralmente passando as mãos do médium pelo corpo todo do consulente, principalmente nas partes pudentas.
• Os Kiumbas incorporados conseguem convencer algumas consulentes, que devem fazer sexo com ele, a fim de se livrarem de possíveis magias negras que estão atrapalhando sua vida amorosa. E ainda tem gente que cai nessa.
• Se for uma Kiumba, mesmo incorporadas em homens, costumam alterar o modo de se portarem, fazendo com que o homem fique com trejeitos femininos e escrachados. Costumam também travestir o médium (homem) com roupas femininas com direito a maquiagem e bijuterias.
• Os Kiumbas atendem a qualquer tipo de pedido, o que um Guia Espiritual ou um Guardião de Lei jamais fariam. Ao contrário, eles bem orientariam o consulente ou o seu médium, da gravidade e das conseqüências do seu pedido infeliz.
• Os Kiumbas (e só os Kiumbas) adoram realizar trabalhos de amarração, convencendo todos de que tais trabalhos são necessários e que trarão a pessoa amada de volta (ledo engano quem assim pensa). Esquecem-se de que existe uma Lei Maior que a tudo vê e a tudo provê. Se fosse assim tão fácil “amarrar” alguém, certamente não existiriam tantos solteiros por este país afora.
• Os Kiumbas fazem de um tudo para acabar com um casamento, um namoro, uma família, incitando as fofocas, desuniões e magias negras.
• No caso de Kiumbas se passando por um Guia Espiritual ou mesmo um Guardião, geralmente utilizam de nomes exdrúluxos, indecorosos e horrorosos, remetendo a uma condição inferior .

CUIDADO COM OS NOMES USADOS!
Sempre que encontrarem algum espírito incorporado, dizendo-se ser um Guia Espiritual, um Guardião e utilizando algum nome esdrúxulo, que remete a inferioridade, à condição de baixa moral, tenha cuidado;
Com certeza é a presença de um Kiumba, ou é puro animismo do médium. 
É só observar. É simples verificar a presença de um Kiumba em algum médium. Tudo o que for desonesto, desamor, desunião, invigilância aos preceitos ensinados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, personalismos, egocentrismo, egolatrias, sexo, falta de moral, etc., com certeza estará na presença de um Kiumba.
Cuidado meus irmãos. Não caiam nessa armadilha.
Quando um Kiumba se agarra vibratoriamente em um médium, dificilmente largarão aqueles que os alimentam com negatividade, dando-lhes guarida por afinidade.

Por: Ítalo Jr e Ronita

As Causas Principais das Quedas e Fracassos dos Médiuns

 
Esses são assuntos dos quais todos se escusam de falar, ou de escrever, e quando o fazem, é por alto e indiretamente.
Vamos abordar o assunto de maneira mais clara possível, a fim de levar um alerta a todos os nossos irmãos umbandistas, principalmente àqueles que estão predispostos a caírem nesses erros, visto termos esperanças de que essa advertência venha trazer luz em cada espírito, e ainda possa chegar a tempo de cada um recuar para a sua regeneração.
Não queremos, de maneira nenhuma, nos arvorarmos de juízes das causas alheias, visto termos também nosso débitos com o astral superior, mas sim, após anos de trabalho, termos observados médiuns fracassando ou caindo, incorrendo em erros elementares e, para se reabilitarem, continuando na prática de suas mazelas, culminando em suas quedas, muitas vezes sem retorno.
Temos observado que a maioria desses médiuns vivem um tormento interior, como labaredas de fogo a queimar-lhes a consciência, e eles não têm forças para se reerguerem, visto estarem presos nas garras dos marginais do baixo astral e dificilmente conseguem se libertar de suas mazelas e, ainda por cima, sendo alertados pelos seus Guias Espirituais constantemente, nada fazendo para se libertarem das garras desses magos negros, por estarem atolados até o pescoço no pantanal da ignorância do astral inferior, pois também estão contribuindo, e muito, não mantendo uma vida ilibada e com moral.
Isso acontece devido à lei de atração, onde semelhante atrai semelhante.
Os quiumbas já se deram conta de que esses médiuns estão praticando atos que são de comum acordo com a confusão que rege os reinos inferiores, fazendo assim com que surja um casamento fluídico médium/quiumba, pois os dois estão em sintonia vibratória.
É muito difícil se libertar de um quiumba, ainda mais quando nós fomos a causa da aproximação desse quiumba por atração fluídica.
E quando esse casamento fluídico perdura por anos a fio, o sistema neuro- psíquico-mediúnico torna-se denegrido, fazendo com que os seus Guias Espirituais não tenham condição de aproximar-se, pelo fato de não haver mais simbiose espiritual entre médium e Guia Espiritual.
O caso mais grave é quando os Guias Espirituais se afastam devido às causas morais, e o médium, mesmo com os alertas, prefere continuar em seus erros, ou seja, não existe renúncia e nem remorso por parte do médium, preferindo esse continuar a sua caminhada, incorrendo nas mesmas causas que o levaram para o astral inferior.
Só existe um meio de se libertar, e esse meio só o médium pode realizar, pois não terá ajuda direta a não ser subsídios, conselhos, orientações, para assim por si só se reerguer, fazendo com que o seu sistema mediúnico-espiritual se eleve novamente e entre em contato com os planos superiores.
Será necessária uma intensa reforma íntima, acrescida de renúncia dos erros passados, muita oração e prática dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente na realização da caridade desmedida e constante.
Para nos situarmos, vamos abordar três aspectos principais, pelos quais o médium se precipita nos abismos da queda mediúnica.
Embora não podemos nos esquecer dos demais erros e vícios tão divulgados pelos Guias Espirituais, os quais devemos estar em alerta para não adquiri-los.
• A vaidade excessiva, que causa o entusiasmo, por nos sentirmos especiais em tudo o que realizamos, abrindo os canais mediúnicos a toda sorte de influência negativa.
• A ambição pelo dinheiro fácil, que vem através dos agrados que recebemos devido a um bem efetuado a alguém, ou por algum trabalho realizado, fazendo com que o médium veja a facilidade de adquirir bens materiais em troca de favores espirituais.
Em decorrência disso, existe a possibilidade de crescer no interior do médium a ambição, fazendo com que cada vez mais faça cobranças em tudo e por tudo.
• A condição sexual incontida, que lhe tira a razão, pelo fato de ser uma das energias mais poderosas existentes no plano terrestre, e ser uma energia geradora, criativa, e recheada de desejo.
O que acontece é que começa a existir interesses vários, onde o desejo e a sensualidade tomam a frente, quando o fascínio existente pelo sacerdote toma um rumo diferente do que devia ser.
O mesmo acontece com o corpo mediúnico, ou fora do Templo, onde começa a existir outros interesses que não seja a fraternidade, ou o puro sentimento.
No caso da vaidade excessiva, tem seu início na prática mediúnica. Quem tem o dom mediúnico o traz de berço, pois adquiriu através de sucessivas encarnações o direito de externar, por herança, os dons de Deus.
Em certa altura da sua vida, a mediunidade começa a aflorar, e eis que surge o Caboclo, o Preto-Velho, o Baiano, o Boiadeiro, e assim por diante.
Com o desenvolver da mediunidade, começam a surgir os fenômenos tais como curas, descarregos, aconselhamentos certeiros, conhecimentos irrefutáveis; e são tantos os casos positivos trazidos pelos Guias Espirituais, que se dá o início ao surgimento da vaidade no médium.
Esse se acha possuidor de todos esses conhecimentos e não mais o Guia Espiritual.
Também existe o caso do médium achar que o seu Guia Espiritual é o mais poderoso.
São tantos os casos positivos que acontecem em volta desse médium, que em torno do mesmo forma-se uma corrente de admiração e, muitas vezes, de fanatismo também.
As pessoas em torno desse médium, diante de tudo o que vêem, começam a bajulá-lo, a agradá-lo com presentes e com isso vão inconscientemente incentivando a sua vaidade.
Isso acontece com o médium, muitas vezes, pelo fato do mesmo ser ignorante de conhecimento, e algumas vezes se recusa a estudar o mediunismo, suas causas e conseqüências.
O Guia Espiritual do médium faz de tudo para alertá-lo das conseqüências dos seus atos (respeitando o seu livre-arbítrio), através de sinais, alertas, conselhos, intuições, etc.
Mas, como o médium está predisposto a vaidade, deixa de escutar o seu Guia Espiritual, e chega ao ponto de se julgar o tal, um mestre, um escolhido, um mago, um semi-deus, e que a força é dele, chegando a pensar que é propriedade sua.
O médium vai crescendo em vaidade, devido às pessoas o respeitar e acatá-lo em respeitoso silêncio, sem questionar, e aí vai crescendo as exibições mediúnicas.
O que acontece nessa altura é que o médium já perdeu o contato mediúnico de fato, exercendo tão somente o animismo.
O grave é quando o médium está mediunizado por um quiumba; aí sim é a queda total dele e dos que estão a sua volta.
As portas da sua mediunidade estão abertas às influências negativas e toda sorte de manifestações magísticas destrutivas.
Com o tempo, o médium vai se acostumando com os fluidos dos quiumbas, e não quer perder o cartaz por nada nesse mundo.
Porém, os fenômenos antes efetuados por manifestações mediúnicas positivas, não mais acontecem, e as pessoas ao seu redor já começam a olhá-lo com certo desprezo e se afastam, fazendo todo o tipo de comentário negativo, embora num passado tenham se beneficiado desse médium.
O médium que se entregou à vaidade excessiva se torna um sofredor, pois começa a perceber que para incorporar já começa a ter que representar e o tormento toma conta de sua cabeça.
Aí entra a descrença, que é o golpe fatal para a sua pessoa.
No caso da ambição pelo dinheiro fácil, devemos diferenciar o médium que cai pelo dinheiro fácil e os que podemos incluir aos milhares, que são os espertalhões, que usam o nome da Umbanda e de suas entidades a fim de explorarem a ingenuidade das pessoas de todas as maneiras.
Esses (espertalhões) são bem reconhecidos, pois seus “terreiros” são vistosos, com roupas multicoloridas, uma grande profusão de “guias” no pescoço e outros adornos que sabemos serem desnecessários em nossos cultos.
Vivem e fazem de tudo um ganho, seja em dinheiro ou facilidades na vida.
Costumam fazer festas por quaisquer motivos, todas regadas a excentricidades no visual, muita bebida alcoólica e carnes, muitas vezes, levando essas festas religiosas em ambientes profanos, a fim de angariarem um grande número de admiradores e outros tantos que gostam de se apresentarem e se mostrarem em público a fim de terem reconhecimento.
Tudo nesse ambiente é movimento, encenação, panorama e desfile.
Por ali, tudo se paga.
Desde uma consulta, até os tais despachos e ebós.
Até a famosa camarinha, onde vêem mediunidade em todos; e aja firmar “santo” na cabeça das pessoas.
São antros de exploração, que chafurdam o nome sagrado da Umbanda, a pecha de grupo folclórico, a atenderem seus mais mesquinhos interesses.
São verdadeiras arapucas, onde tudo é duvidoso.
Dentro da Umbanda, é sabido que a prática da magia branca faz parte, como um recurso Divino, para atender a necessidade prementes de seus filhos.
Para a feitura de algumas magias, há necessidade de certos materiais, que corretamente devem ser adquiridos pela pessoa beneficiada.
Muitas vezes, no caso de um consulente sem condições, damos o que temos.
Quando realmente há necessidade dessa magia, os nossos Guias Espirituais pedem o material necessário à pessoa, sem grandes desmandos, satisfazendo a “Lei de Salva”.
Tudo o que é manipulado pelas nossas entidades espirituais costumam sempre dar certo, pois tem o discernimento necessário para saberem o que necessitamos.
Disso tudo surge um grave problema, pelo fato das pessoas que perambulam pelos “terreiros” encontrarem uma grande facilidade, achando que é só fazerem um trabalhinho para resolverem a sua vida.
Grande ignorância, quem assim pensa.
Temos que nos reformar interiormente, seguindo os passos e os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Antigamente, devido à má informação e formação de sacerdotes e médiuns conscientes da realidade espiritual, muitos faziam do “despacho” ou de “tais trabalhinhos” uma panacéia para tudo.
Era só ter um probleminha ou problemão, seja ele qual for que imediatamente tinha um despacho para resolver tal questão.
E haja despacho pra tudo.
Tudo era resolvido no despacho.
E hoje a coisa somente mudou de nome.
Trocou-se o nome despacho para magia.
Tem magia pra tudo.
É só ter um probleminha ou um problemão, seja ele qual for que imediatamente acha- se uma magia para resolver tal questão. Pode?
Quero ver alguém encontrar um despacho ou magia para despertar nossa fé, nosso amor, nossa devoção, magia para ser bondoso, caridoso, humilde.
Magia para se efetuar reforma íntima, para perdão.
Magia para se espiritualizar, ter moral, ter vida ilibada. Não vêem que essas tais magias é tão somente para coisas matérias?
Para facilitar a vida material?
Não vêem que muitas dessas magias são utilizadas em momentos de revoltas, demandas, ódios, retorno.
E até (pasmem): “clonar” espíritos.
Infelizmente, é fato real, que na Umbanda estão aparecendo muito mais “magos” e “mestres”, do que servidores agradecidos, somente interessados em servir a espiritualidade, tudo fazendo para a honra e a glória de Deus.
É muito cacique pra pouco índio.
No começo, o médium obedece tão somente o que suas entidades espirituais pedem para a realização de uma magia.
Com o tempo, esse médium começa a observar e pensa seriamente na facilidade do dinheiro.
Então, ele entra na “Lei de Salva”, tão conhecida pelos magistas, e abusa dessa lei em benefício próprio.
Aí começou a imperar nesse médium a ambição pelo ganho fácil, quando começa a exceder na “Lei de Salva” (dentro da magia), dando a desculpa que necessita do dinheiro para o seu anjo da guarda, para o cambono, ou para “pagar o chão”.
Concordamos que deva haver uma remuneração suficiente para o médium adquirir materiais necessários que consta de certo número de velas, elementos da Natureza, ou mesmo uma certa quantia de dinheiro suficiente para que o médium que realizou o trabalho possa utilizar esse dinheiro para a sua locomoção, ou mesmo comprar materiais necessários à manutenção da sua vida espiritual, e nunca para sustentar seus vícios e luxos.
Geralmente, pedimos ao interessado o material necessário à feitura da magia e juntamente uma pequena quantidade de velas ou outros materiais necessários utilizados no Templo.
Quanto à locomoção, pedimos gentilmente ao interessado que nos forneça uma condução.
Quando o interessado esta passando por dificuldades financeiras que impedem a compra dos materiais para a feitura da magia, doamos de bom grado o que temos.
Jamais aceitamos dinheiro como paga ou mesmo agrado; Se houver interesse da pessoa em doar alguma coisa, que faça espontaneamente ao Templo ou a alguma entidade assistencialista, e não ao médium.
As pessoas, pelo fato de quererem uma melhoria de vida em todos os sentidos, pagam o que for para que seus problemas sejam resolvidos.
Aí está o perigo.
Em primeiro lugar, devemos esclarecer que magia só deve ser usada quando a pessoa não tem competência momentânea para resolver seus problemas.
Nesse momento, fazemos uso da magia para levantar essa pessoa.
Depois do problema urgente resolvido, vamos para a reeducação da pessoa, reforma íntima, com conselhos, e tudo ordenado dentro de um conhecimento elevado, principalmente no Evangelho de Jesus.
Nesse momento, o médium, já começando a fazer trabalhos por conta própria e tudo, geralmente direcionado com Exu e Pomba Gira, vai utilizando materiais cada vez mais pesados (sangue, carnes, ossos, etc.), chafurdando tanto ele como a pessoa beneficiada, incorrendo aí no risco de criar ligações perigosas com o que de mais baixo existe no astral inferior.
Quando esses ditos trabalhinhos saem da linha justa da magia, até Exu e Pomba Gira se afastam do médium.
O seu Guia Espiritual, como é de praxe, já o alertou várias vezes e ele não deu ouvidos, pois o dinheiro está entrando que é uma beleza.
Por ele estar cego e surdo, não ouve a ninguém e, aí, o seu Guia respeita a sua escolha, pois é sabedor da lei do livre-arbítrio.
Quando numa necessidade verdadeira, esse médium clama por seu Guia Espiritual, aí ele vê que não tem resposta, fica abalado.
Começa a perceber que o que está à volta dele são verdadeiros e poderosos quiumbas.
Esse médium começa a fazer tudo o que pode e sabe para o seu Guia voltar, e nada.
Mesmo assim, não larga do dinheiro fácil, pois está afundado na ignorância espiritual, quando percebe que esse dinheiro é um dinheiro maldito, pois as conseqüências são nefastas.
O fim de todos eles é muito triste.
Entram nos vícios, falta de emprego, perdem tudo o que tinham na vida, pois os Sagrados Orixás os Guias Espirituais e os Guardiões não acobertam erros de ninguém; esses médiuns se desiludem com a religião, culpando-a dos seus problemas e, perdendo sua fé na Umbanda, vão a procura de outras religiões, a fim de se refazerem da desgraça que adquiriram em suas vidas.
Mas mesmo assim, devido à soberbia, não assumem seus erros e culpam a um pretenso demônio, o qual desgraçou sua vida, pois estavam na religião errada, sob a influência desse demônio que dirigia aquela religião.
Geralmente acabam virando ex-pais, ex-mães e ex-filhos de encosto, o que não deixa de ser verdade, pois esses médiuns nunca serviram a Deus, aos Orixás e nem aos Guias Espirituais e Guardiões verdadeiros, mas sim, a encostos.
Deviam sim, observarem que Deus lhes deu uma oportunidade bendita e redentora na prática da caridade desmedida através da mediunidade redentora, e eles, por ignorância e muitas vezes maldade, praticaram os atos mais absurdos, tudo em nome da Umbanda.

Não se esqueçam que somos espíritos endividados, que estamos encarnados todos sob a pele do cordeiro (que é o nosso corpo).
Todos têm a mesma oportunidade para se erguerem, mas não temos condições de observarmos quem é quem; aí que cada um semeie bem, pois Jesus disse:
“A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, “e cada um vai colher aquilo que plantou”.
“Quem semeia somos nós, mas quem colhe é Deus Pai Todo Poderoso”.
O terceiro e último caso é o sexo fácil.
Esse é um dos aspectos mais críticos e perigosos, e um dos mais difíceis de ser perdoado.
Temos visto, em nossa caminhada pela Umbanda, vários médiuns caírem pelo sexo.
Inclusive atualmente, médiuns “famosos”, casados, utilizando-se de sua influência e aproveitando a carência afetiva de algumas irmãs iludidas por acharem que estão sendo “amadas” por alguém “iluminado” (os famosos semi-deuses, mestre, magos ou orixás encarnados), forçam uma situação, e aproveitam-se sentimentalmente e sexualmente, satisfazendo seus sórdidos desejos.
Esses casos são difíceis de serem perdoados, porque a moral do médium fica na lama em que ele mesmo se sujou.
Por mais que tente, nunca vai conseguir apagar a lembrança dos atos cometidos e sempre vai ter alguém a lembrá-lo de sua queda, pois iludiram, enganaram e usaram pessoas desequilibradas em seus sentimentos.
É uma mancha que, mesmo que nos reabilitemos, nunca será apagada.
Devido aos envolvimentos existentes com bajulações e fanatismo, ele constantemente é endeusado.
Daí, para receber elogios do sexo oposto (ou do mesmo sexo) fica visado, e tem a propensão para se deixar fascinar, quando se vê numa pessoa muito apessoada.
Quando trabalhamos na luz, constantemente somos combatidos pelo baixo astral, que envia todas as formas existentes, principalmente em nossas fraquezas, para que caiamos.
Lembre-se de Jesus: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”.
Logo, quando o baixo astral vê uma brecha, e essa brecha é uma forte predisposição sexual, é aí que eles vêem a oportunidade de atacá-lo.
Lançam mão de todos os recursos, até conseguirem seus objetivos.
O médium que está desavisado, por ignorância espiritual, ou mesmo por ter o espírito doente, cai nas malhas do baixo astral, e se entrega ao sexo desmedido dentro do ambiente religioso.
Como temos dito, o médium é constantemente avisado pelos seus Guias Espirituais sobre todos os aspectos que o cercam.
Estão sempre vigilantes, mas acontece que esse médium, usando de seu livre- arbítrio, já dentro de uma incontida predisposição ao sexo, cai e vira as costas à moral, repelindo automaticamente toda influência benéfica que poderia tirá-lo de sua caída.
Tanto pela forte incontinência sexual, como por uma sexualidade irrefreável com os médiuns do “terreiro”, não há desculpas.
A caída do médium, pelo fato de se relacionar sem moral com os médiuns do “terreiro”, ocasiona seu fracasso, e nesse caso não há desculpas.
Quando o médium começa a sofrer as conseqüências do seu ato insano, vai à procura de Guias Espirituais de outros médiuns, a fim de resolverem seus problemas.
O Guia Espiritual, como é sabedor da questão, diz que: “em surra de Guia, eu não ponho a mão” ou “quando Caboclo bate, não reparte pancada”.
E haja punição.
Após algumas disciplinas necessárias, alguns desses médiuns se emendam, ficam com medo, e procuram não mais errar, e se voltam às linhas justas dos trabalhos espirituais.
Porém, a maior parte desses médiuns, mesmo passando por uma disciplina, não se emendam e continuam praticar os mesmos atos, como se nada houvesse acontecido e infelizmente acabam denegrindo a imagem de suas vitimas, geralmente dizendo que eles é que estavam sendo seduzidos por uma pessoa inescrupulosa e que essa pessoa é uma servidora das trevas para destruí-lo.
Então os Guias Espirituais vêem que não há mais jeito, e se afastam do médium, deixando-o a mercê da sua própria sorte.
Uma coisa é verdade. Nenhum desses médiuns fracassados ficou com o seu Guia Espiritual em sua guarda, pois erraram e persistiram no erro.
O que acontece muito é que esses médiuns costumam dar a desculpa que estão com uma demanda em cima deles, muito forte.
A força de pemba é tão grande em cima desses médiuns, que rapidamente fazem com que percam sua fé na Umbanda, e o redirecionam a outra religião, pois aqui não souberam sorver a Espiritualidade Superior emanada de nossos Guias Espirituais.
Creio que todos tenham entendido bem tudo o que aqui está escrito, e compreenderam bem, pois não é o erro em si, porque errar é humano e todos podemos errar um dia.
A questão é cometer o mesmo erro, é persistir nos mesmos erros.
Os nossos Guias Espirituais não são carrascos, mas não podem acobertar nossos erros, e nem a repetição dos mesmos.
Outro fato, até corriqueiro no meio Umbandista é quando temos pessoas ao nosso lado, dizendo serem nossas amigas, e quando, por qualquer motivo se afastam de nós, acabam tornando-se “inimigas” e a partir daí, tudo o que acontece de ruim na vida daquela pessoa é por força de demanda.
A mínima dor de cabeça, falta de dinheiro, mal estar, sempre será culpa do outro médium ou do outro terreiro que esta demandando com ele, querendo destruí-lo.
Inclusive, acontece também o fato de que outras pessoas que também se afastaram daquele terreiro, achegando-se àquela pessoa, através de comentários e fofocas, com suas mentes conturbadas acabam sendo alertadas por aquele individuo que estão com uma demanda, também mandada por aquele terreiro e assim a corrente da discórdia e das mentiras vai crescendo assustadoramente.
O baixo astral, astuto e inteligente, apossa-se desses médiuns incautos e através de persuasão mental acabam convencendo-os da realidade das demandas, inclusive fazendo até “vários videntes” verem a demanda sendo feita.
Com isso, o médium incauto acaba realizando magias defensivas e ofensivas, cometendo injustiça e ai sim, caindo de vez nas malhas do baixo astral que sai vitorioso.
O baixo astral é ardiloso e faz tudo para convencer as pessoas, utilizando todos os meios a fim de convencê-la, para que acredite estar sendo prejudicada por outros.
A coisa é grave, pois esses médiuns incautos ainda não aprenderam o Evangelho, o amor, a bondade, o perdão e a fé.
Quem é sabedor da Lei da Causa e Efeito e da Lei do Retorno, jamais deveria levantar sua mão contra ninguém, pois teria a certeza de que a providência Divina estaria do seu lado.''

Ensinamentos de Pai Juruá - Dirigente do Templo Estrela Azul - São Caetano do Sul - SP