•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo

•A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bo
•A UMBANDA TEM FUNDAMENTO E É COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO.
Obrigado, meu Deus, pela fé que me sustenta, Pelos amigos que fiz E continuo fazendo. Obrigado, meu Deus, Pelas bençãos de Ogum, Pela proteção de Iemanjá, pelo amor de Oxum. Obrigado, meu Deus, Pela força de Iansã, Pela retidão de Xangô, Pelo colo de Nanã. Obrigado, meu Deus, Pelo equilíbrio de Oxosse, Pelas curas de Omulu, pelas cores de Oxumarê. Obrigado, meu Deus, Pelas folhas de Ossãe, Pelas Crianças que enchem de alegria nossos Terreiros, Pela amizade dos Boiadeiros. Obrigado meu Deus, Pela humildade dos Pretos-Velhos, Pelas Almas Santas e Benditas, Pela cumplicidade de Exu e Pomba Gira. Obrigado, meu Deus, por fazer de mim um instrumento da Tua vitória. Até aqui o Senhor me ajudou! Deus salve a Umbanda!
Ney Rodrigues

RADIO C.E.A.B.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

TESTE: VOCÊ É UM PUXA-SACO UMBANDISTA?


Fazem alguns meses que estou acompanhando algumas muitas listas de discussões e diante de algumas manifestações com a nítida intenção de afagar o ego de uns e outros por ai, em especial partindo de alguns "médiuns" apagados, que ficam "rasgando seda", bajulando alguns "líderes" na intenção de conseguirem seu "lugar ao sol", resolvi publicar este teste para que cada um verifique o seu nível de "puxa-saquismo":

1) Caso constate que entre a prática e a teoria por parte de seu Dirigente/Escritor/Mestre existem grandes contradições, o que você faz:

A) Ignora e continua sendo o puxa-saco oficial

B) Ignora, continua sendo o puxa-saco oficial e chama de "cegos" e "oportunistas" aqueles que não conseguem entender a grandiosidade da obra do seu ídolo

C) Busca explicações para tais contradições diretamente da fonte e, caso não as consiga ou seja convenientes, rompe com aquele sistema

2) Se o seu Dirigente/Escritor/Mestre começa a fazer tudo que antes condenava, você:

A) Ignora, já que é um idiota que não consegue enxergar um palmo diante do seu nariz;

B) Ignora, compra uma capa vermelha/preta, uma cartola e um terno preto para a próxima gira de "exu"

C) É coerente e fiel ao que aprendeu por anos e se afasta

3) Chega ao seu conhecimento que o seu Dirigente/Escritor/Mestre renegou ao próprio "Pai-de-Santo", deturpou os conceitos que ele deixou e, por várias vezes, ameaçou outras pessoas com "força de pemba" e de "tronqueira". Você:

A) Acha o máximo, afinal de contas um "poderoso mago" não pode levar desaforo para casa

B) Acha o máximo e oferece ajuda com aquele kiumba que se passa por Exu de Lei que sempre se manifesta em você

C) Se afasta, já que isto não é uma atitude condizente para alguém que se diz "formador de opinião" e "sacerdote"

4) O seuDirigente/Escritor/Mestre lança um livro cheio de erros conceituais e científicos, escrito supostamente por uma entidade astralizada, que são apontados por autoridades no assunto:

A) Você ignora o fato e escreve um blog contanto uma historinha futurística sem sentido onde diz que a humanidade ainda não estava preparada para os conceitos superiores exposados naquela obra

B) Ajuda a tirar a obra de circulação a pedido do escritor, já que a humanidade ainda não está preparada para os conceitos superiores exposados na mesma

C) Usa do seu senso crítico e começa a questionar outras coisas escritas pela tal "entidade astralizada"

5) Você sempre foi um ferrenho crítico de determinado Dirigente/Escritor/Mestre umbandista, mas assim que o sujeito se destaca e começa a ser alvo de outros "puxa-sacos", acena para você com um cargo na instituição ou alguma outra honraria. Você:

A) Antes do sujeito desligar o telefone já está dentro do avião indo ao seu encontro. Afinal de contas não é sempre que uma pessoa tão "importante" o convida para fazer parte do séquito de puxa-sacos oficiais

B) Manda um e-mail para todas as listas de discussões, em tom de falsa humildade, agradecendo profundamente o convite, do qual não se acha merecedor, mas já que a "espiritualidade" o escolheu para tão nobre tarefa, a aceita com certa reserva. Obviamente, envia este e-mail da lna house do aeroporto, 10 minutos antes do check-in do vôo que o levará ao encontro do seu nome "mestre".

C) Mantém a coerência, declina do convite e expõe seus motivos para isto.

6) No que pese seu Dirigente/Escritor/Mestre pregar sempre a paz mundial, a convivência pacífica, a convergência, seus discípulos vivem atacando desafetos, opositores e aqueles que não mais fazem parte de seus pares, os taxando de "traidores", "enganadores", etc. Você:

A) Faz coro nos ataques. Afinal, todo bom puxa-saco deve estar sempre em evidência para o seu senhor

B) Faz coro nos ataques, é incentivado a atacar mais e, na hora do processo judicial está disposto a ficar no banco dos réus sozinho, protegendo seu mestre e os covardes de seus discípulos

C) Cobra coerência entre o discurso e as atitudes, não somente do seu mestre mas como de seus discípulos

7) Um importante médium da sua casa, com livros publicados, tido como sucessor do seu Dirigente/Escritor/Mestre, depois de anos como uma figura importante, é execrado publicamente, desacatado e tem seu terreiro fechado pelo "mestre" durante a sessão. Você:

A) Trata logo de pular para o lado do "mestre", apontar o dedo na cara do infiel e ajuda a trancar os cadeados do Terreiro

B) Incentiva aos presentes a procurarem tochas, ancinhos, pedaços de pau e se juntarem à caça do infiel

C) Condena de forma veemente tal atitude, cobra explicações e não as tendo, se afasta

8) Chega ao seu conhecimento que discípulos do seu Dirigente/Escritor/Mestre, INVADIRAM um Terreiro de um velho sacerdote no interior de São Paulo, desrespeitando não somente o ambiente, mas também aos presentes, escorando câmeras filmadoras nos ombros de uma senhora de quase setenta anos de idade. Você:

A) Acha normal e não considera "invasão", já que os discípulos do seu mestre estão embuidos de sua autoridade e podem entrar onde e fazer o que quiserem

B) Fica revoltado porque não o chamaram a participar de tal coisa, já que também adoraria escorar uma "betamax" nos ombros de uma anciã

C) Condena tal coisa de forma veemente e, por não acreditar que haja explicação ou justificativa para tal ato, se afastaPois bem, caro leitor.

Você pode estar pensando que as situações acima expostas são absurdas, meramente fruto de uma mente fértil, mas cada uma destas coisas aconteceu (e algumas ainda acontecem).

Caso você tenha marcado qualquer letra, exceto a "C", pode mandar o seu e-mail para que possamos remeter o seu diploma de "puxa-saco umbandista", sem custo algum.

Por outro lado, caso tenha marcado "C" em todas as questões, mas continua cantando loas e aplaudindo determinadas pessoas que agem desta forma, então você é um hipócrita. Não merece o diploma, mas leva como prêmio de consolação se manter ao lado dos seus pares.

Um beócio afirmou que eu critico pelo "prazer de ser do contra".

Nada mais equivocado e falso por parte deste outro "puxa-saco".

Quem acompanha minha página e meu Blog, já teve a oportunidade de ler sobre a minha profunda tristeza e decepção com uns e outros por ai.

Infelizmente, a minha coerência e senso critíco são por demais aguçados para que eu, como muitos por ai estão a fazer, simplesmente ignore tanta contradição diante de meus olhos e, mesmo assim, continue "batendo cabeça".

domingo, 5 de julho de 2015

Interferência Mediúnica



Primeiramente eu recomendo este vídeo: O Médium consciente interfere nas comunicações dos guias de Umbanda? – Feito pelo sacerdote umbandista Géro Maita, dirigente do CEU Esperança e também apresentador do programa Umbanda do Bem na Rádio Toques de Aruanda.
A interferência mediúnica existe com toda certeza e é um dos graves problemas dos dias atuais na senda espiritualista, principalmente na Umbanda, visto que essa por sua característica natal dá consultas para pessoas que se encontram em estado de necessidade ou enfraquecidas.O médium como um instrumento falho pode sim interferir na comunicação, e isso nunca será isento, nem sequer nos casos de médiuns totalmente inconscientes. O espírito usa do aparelho mental do médium para passar suas impressões e idéias, logo não há como não se ‘contaminar’ com o pensamento do próprio médium, que mesmo em um transe inconsciente não se silencia. O médium inconsciente distancia seu corpo espiritual do duplo permitindo que o espírito comunicante tenha uma maior liberdade dentro de seu campo de atuação, apenas isso.
Em médiuns iniciantes é comum que isso ocorra e até normal, porém deve-se prestar atenção para que esses iniciantes recebam o amparo necessário e sejam guiados adequadamente recebendo instruções para aprimorar seu nível moral e intelectual acerca da espiritualidade. Não basta apenas ser um transmissor, é preciso ter qualidade na transmissão do pensamento. Para o médium iniciante vale a ressalva dos trabalhos de desenvolvimento mediúnico em sessões fechadas, sem atendimento do público, em muito para se familiarizar com as emanações de seus guias e posteriormente começar a reconhecê-las adequadamente. Além de se harmonizar com a conduta da casa em que está trabalhando e com o tempo começar a discernir o que é pensamento do guia e o que é pensamento do médium. A interferência sempre existirá, porém ela tem que ser o menos danosa possível, por isso mesmo é que não é ético e não se recomenda fazer atendimento espiritual para familiares e amigos, pois podemos estar usando do artifício do transe mediúnico e da boa-fé do guia espiritual para passar recados que gostaríamos de dar.
Além dos desenvolvimentos mediúnicos na prática, também se faz mister o estudo. Ler é fundamental, mas pensar sobre o que leu é mais importante. Não adianta ler todos os livros sendo que na maioria das vezes não se capta a mensagem ou instrução que o livro está passando. Então é importante sempre questionar seu sacerdote ou sacerdotisa acerca de dúvidas e questões que podem parecer básicas. O verdadeiro Babalaô ou Ialorixá, irá te auxiliar sem arrogância, sem orgulho e sem vaidade, pois ele está (ou deveria ao menos) a serviço da Lei Maior e da Justiça Divina. Logo não pode agir de forma destoante do que se espera. Pai e Mãe de Santo que manda muito na vida do filho ou quer aprisioná-los tem sérios problemas espirituais e também de orgulho e vaidade. Cuidado!
Existem cursos das mais diversas formas, explicando desde a Teologia Umbandista até mesmo sobre a manipulação dos elementos, o que conhecemos como Magia! Não importa o que você tem como regra na sua vida espiritualista, estudar é importante, e em cursos, sejam presenciais ou EAD, a cada resposta encontrada uma nova pergunta aparece, abrindo assim um novo campo para pesquisa.
Então, não há como fazer parte de um trabalho mediúnico de aconselhamento ou até mesmo de desobsessão se antes não nos aprimorarmos. Como dito em artigo anterior – Obsessões e suas relações interdependentes – as trevas nunca estão em descanso e ela também se aprimora. Mesmo os médiuns mais antigos devem sempre se manter alertas e seguir sempre o lema: Orai e Vigiai. Não se arrogue como detentor da verdade absoluta e nem se autointitule como o médium firme e poderoso, todos estamos sujeitos às tentações, aprimore-se e em caso de necessidade procure ajuda sempre.
Abrangendo mais esse assunto, toco agora em outro ponto que me preocupa mais, é o caso de médiuns que são dirigentes de casas espirituais e que permitem a interferência. Se isso para um médium iniciante já é preocupante imagine então para um médium que tem o predicado de Sacerdote? Ou Pai e Mãe?
Jamais um zelador ou dirigente deve deixar suas paixões pessoais interferirem na condução do terreiro, o mesmo tem regras e diretrizes, e devem ser cumpridas, porém obstante isso não há qualquer nexo em interferir na vida pessoal do filho de santo ou médium umbandista ou de qualquer outra denominação. A espiritualidade está aí para nos libertar e não para nos arranjar um novo senhor(a).
Sacerdotes que se encontram em desequilíbrio ou que levam para os trabalhos espirituais as mazelas de sua vida pessoal, devem antes de mais nada, serem informados de sua conduta errada. Eles não são infalíveis, é necessária a compreensão dos filhos, mas também é mais importante ainda a abertura do pai e mãe de santo as críticas que os filhos fazem. A espiritualidade tem sua própria agenda, sabemos que é algo sério e que assim deve ser levado, mas todos os médiuns são antes de mais nada seres humanos, cheios de imperfeição e procurando esclarecimento. Além disso, temos nossos próprios desassossegos com a vida pessoal, com o trabalho material, com o trânsito e com estudos profissionais.
Então caro sacerdote, não se faça de rogado, quando um filho chegar com uma sugestão ou até mesmo reclamação. As giras sem hora pra começar e acabar, as inúmeras interferências na própria mediunidade a fim de conduzir ou controlar a vida do médium, a cobrança de forma desnecessária, a retórica desmedida, falação exagerada e a falta de indulgência, são erros comuns cometidos por pessoas que tem a alcunha de dirigentes.
Ainda mais quando há predileção dentro do terreiro, então aí, tudo se complica mais. Como pessoas, simpatizamos melhor com esse ou aquele sujeito, porém como sacerdotes e dirigentes temos que entender que todos são iguais perante a Lei de Pemba. Então se um filho comete gafes, está em estado anímico ou até mesmo mistificando, está exagerando, está conduzindo sua mediunidade mais para a manifestação teatral dos fenômenos do que para a evolução moral e intelectual do ser, a sua obrigação dirigente é conduzi-lo de volta aos trilhos, mesmo que seja necessário utilizar-se do expediente do puxão de orelhas. Coíba os exageros e os seus próprios exageros pessoais. Se deixarmos a manifestação correr solta, os espíritos guias não mais conseguirão se aproximar de nossos campos mediúnicos, logo abriremos a porta para uma obsessão coletiva. E principalmente, mantenha seu alerta ligado, pois o dirigente é o alvo, ao mesmo tempo,  o modelo que todos os demais irão seguir.
As evasões do terreiro ocorrem muito por falta de conduta adequada dos dirigentes. Muitos médiuns sérios e comprometidos com o trabalho de assistência e aprimoramento íntimo acabam por se afastar de locais onde se veem manifestações estapafúrdias e alguns querendo aparecer mais que o outro, ou quando o dirigente começa a ditar regras que ele mesmo não cumpre.
Então esse artigo é um alerta para todos que trilham a senda da mediunidade, seja você iniciante, experiente ou dirigente. Então vamos juntos, eu, você e todos que amam a espiritualidade, procurar se focar mais no aprimoramento. Deixando velhos dogmas no passado sem perder a beleza e a forma de praticar a Umbanda e os demais cultos espiritualistas.
Axé e Saravá!

O Sacerdócio é um chamado, não é festa.

Existem sacerdotes umbandistas? Só essa pergunta pode causar já uma imensa discussão, pois muitos dizem que dentro da Umbanda não há sacerdotes, apenas médiuns que acabam ganhando a liderança dsa casas espirituais (terreiros). Deixando esse pensamento de lado, quero explanar sobre o que creio ser o verdadeiro chamado sacerdotal.
A responsabilidade em abrir um terreiro é imensa. O novo pai de santo é responsável por toda uma corrente de médiuns – que trazem seus próprios problemas e karmas – além de uma falange de desencarnados que militarão em seu espaço. Além disto é o responsável por fazer os assentamentos, rituais e consagrações próprios. E ainda, têm que ser um exemplo vivo das vivências evangélicas e dos ensinamentos dos Espíritos.
Ser Pai ou Mãe de santo não traz status para o médium, mas sim muita responsabilidade. A corrente mediúnica pode mudar constantemente, mas o pai e a mãe de santo sempre serão os mesmos naquele terreiro. Logo, não há como furtar-se ao trabalho e por cansaço ir embora do terreiro ou colocar alguém para tocar os trabalhos por você. A figura do pai e mãe pequenos são para auxiliar o chefe do terreiro e nunca para substituí-lo. Em muitos casos esses pais e mães pequenos estão sendo preparados para abrir seu próprio terreiro, mas quem define isso é a espiritualidade e nunca o próprio médium. Sacerdócio é missão! É um chamado!
Um curso pode te trazer embasamento técnico e teórico, porém jamais te dará a experiência de lidar com as situações do terreiro. Ainda vou adiante, expandindo o raciocínio com uma pergunta: Seu Guia tem missão de abrir um terreiro? Ou esse é você querendo ser diferente dos outros?
Vejamos como foi dada a fundação das sete tendas originais de Umbanda, que teve seus dirigentes escolhidos pelo próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas. Logo, é assim que se deve proceder como sacerdócio. Usar uma roupa pomposa, possuir um símbolo ou um diploma na parede não te transforma em sacerdote. Muito menos querer ser um! Você tem que ter o chamado e esse será muito claro na sua vida, através das experiências mediúnicas e de atendimento.
Outra coisa estranha que vejo é médiuns que mal incorporam, nunca deram atendimento ou deram poucos atendimentos e estão cheios de dúvidas entrando em cursos e se formando sacerdotes. Podemos notar a qualidade de sacerdote sendo feito. Um pai de santo sem contato nenhum com as dificuldades dos consulentes, com a experiência das entidades e com a humildade em reconhecer que não pode ajudar. Não há fórmula mágica que seja mais poderosa do que a moral elevada.
Esses casos geram várias casas, supostamente umbandistas, cheias de inexperiência, inaptidão e obsessões espirituais. Podemos notar pela fragilidade de sua corrente, pelo sofrimento passado pela corrente mediúnica sendo atacada constantemente e por uma certa instabilidade, que insiste em fechar várias casas.
Vamos lembrar que o médium não é um super humano ou alguém evoluído, são geralmente almas encarceradas em seus arrependimentos e cheias de situações a resolver, que pediram a mediunidade como uma ferramenta para acelerar esse processo e sabiam que juntamente com a mesma viria o combate contra o ego, a vaidade e o orgulho.
Projeção pessoal nunca pode ter espaço dentro de uma tenda umbandista e um pai de santo sério e comprometido irá refletir isso em sua simplicidade, em sua humildade e em sua responsabilidade. Mas vemos muita arrogância por aí, infelizmente.
O estudo é fundamental em todas as áreas, porém não adianta se dizer sacerdote sendo que a Espiritualidade não lhe outorgou isso. Creio que a posição é muito complicada e sempre será alvo de olhares de admiração e de desconfiança, mas ser Pai-de-Santo, Babá, Iaiá, Sacerdote, Dirigente, Zelador, etc, é mais do que simplesmente satisfazer a nossa egolatria. É preciso ter comprometimento… Lembre-se que estamos lidando com o Espiritual do ser humano e isso é o mais importante.
“Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.” – Teilhard de Chardin

Eu, Dirigente Espiritual.

O Dirigente Espiritual possui vários termos sinônimos, tais quais: Pai ou Mãe de Santo, Chefe-de-Terreiro, Cacique, Zelador, Sacerdote, Babalaô, etc. É uma figura de extrema importância dentro do ritual de Umbanda, por dar abertura e tocar os rituais, assim como suas entidades, que são as dirigentes espirituais do lado Astral.

Uma posição dessas faz com que a cobiça pelo cargo seja grande, podendo ocorrer o oposto, ou seja, um medo desmedido a ponto de se negar que um dia poderá se ocupar aquela posição. Contudo, o que mais ando presenciando são os novos Pais-de-Santo imbuídos de poder por uma entidade milenar chamada: VAIDADE.
Eu estou sempre reforçando o fato da Umbanda ser algo sério, inclusive repetindo exaustivamente a célebre frase do Caboclo Mirim:
“Umbanda é coisa séria, para gente séria!”
Porém, existem muitos aventureiros dentro das linhas umbandistas a se formar. Com o advento dos cursos de sacerdócio – o que em sua concepção original era uma ideia fantástica – percebemos a proliferação de mentais desequilibrados em suas paixões inferiores se auto-denominando Pais-de-Santo, ou pior, Sacerdotes.
Veja bem, já explorei esse tema no artigo O Sacerdócio é um chamado, não é festa, mas tenho que voltar a tratar do assunto, pois vejo séquitos fanáticos sendo arraigados por pessoas inescrupulosas ou iludidas.
Achar-se Pai-de-Santo, não o torna um. A responsabilidade de manter um terreiro, de guiar os filhos de fé – que geralmente estão perdidos – e ainda possuir capacidade para manter todos em uma vibração harmoniosa é para poucos que conseguem sobrepujar suas paixões inferiores.
Ter como meta de vida um cargo espiritual para se achar melhor que o próximo é tão errado quanto o que os pastores evangélicos neo pentecostais fazem nos púlpitos. Costumamos criticá-los tanto, porém estão fazendo o mesmo dentro da Umbanda, inclusive criaram o dízimo umbandista fantasiado de curso de desenvolvimento sem fim. Começam a chamar toda sorte de entidades para incorporar nos médiuns, mas nem sequer se dão ao trabalho de ter um contato pormenorizado com os mesmos. Não sabem quais são suas fragilidades, seus desvios de conduta e nem as suas inseguranças e perguntas. Não há a relação Pai e Filho (olha o peso das palavras).
Pior ainda quando o Pai-de-Santo não tem sequer experiência. A pessoa entra em um curso de desenvolvimento e se desenvolve muito precariamente, pois o seu formador também não teve o zelo necessário para prepará-lo e para apaziguar suas dúvidas e inquietações. Após o curso introdutório, nem sequer passar pelo processo de atendimento (por tempo indeterminado) dentro do terreiro, ou seja, entram em um curso de sacerdócio e pronto! Mais um Pai-de-Santo enlatado saindo!
É de extrema importância compreender que a escolha de um dirigente é feita pela ESPIRITUALIDADE. Essa escolha é muito clara, não vem em sonhos, em inspirações ou em intuições. Tampouco vêm no “me disseram que eu deveria fazer…”. Ela vem claramente como um soco no estômago! Você simplesmente saberá que está comprometido com a espiritualidade e seu PAI irá te indicar isso, terá cuidado na sua formação e não te colocará dentro de um curso com dezenas de outros “Pais-de-Santos-wannnabes”. Após você ser escolhido, ainda passará pela confirmação do compromisso de suas entidades. Então as coisas começaram a ser desenvolvidas por anos e não apenas em poucos meses.
O mais importante de tudo não são as iniciações, trabalhos, oferendas, passagens de bastão e afins. O mais importante de uma preparação sacerdotal é a caridade, a condolência, o emprego do amor, a reforma íntima e a prestação de serviços dentro do terreiro. Não pode se tornar Pai-de-Santo quem nunca se dispôs a limpar o terreiro depois da gira.
Dessa forma, torna-se crucial a preparação através do aprendizado prático. Não existe nada que o possa substituir. Um sacerdócio teórico é bom apenas para acumular informação, porém sem colocá-lo em prática, de nada vale. Por isso que médiuns novatos não podem ser “consagrados” Pais-de-Santo assim de qualquer jeito. Ele precisa passar pela experiência da consulta, de entender as dificuldades das pessoas que irão passar com ele, de saber resolver um possível caso de “possessão de kiumbas”, encaminhamento de eguns, trazer conforto para o coração de uma pessoa inquieta, apaziguar ânimos e muito mais.  Para isso, vão-se anos!
Então se você está lendo isso e torcendo o nariz, possivelmente está se enquadrando no texto. Não tenha pressa para se tornar algo que não é determinado para você. Não se brinca com a espiritualidade. Lembre-se que acima de tudo a Umbanda prega a Caridade, a Simplicidade e a Humildade. Então seja a Umbanda!
Por · 02/07/2015

sábado, 20 de junho de 2015

PARA REFLETIR "Porque você está na Umbanda?"


Porque você está na Umbanda?
"Estou na Umbanda porque estou doente" - Saia da Umbanda irmão! A Umbanda não vende curas, procure um hospital.
"Estou na Umbanda porque é minha missão" - Saia da Umbanda irmão! A Umbanda assim como a espiritualidade respeita o livre arbítrio, não se sinta obrigado a nada.
"Estou na Umbanda porque estou desempregado" - Saia da Umbanda irmão! A Umbanda não vende promessas de prosperidade, pois o ganho material nada soma à espiritualidade, procure uma agência de empregos.
"Estou na Umbanda porque minhas entidades fecharam meus caminhos" - Saia da Umbanda irmão! Entidade de Umbanda que trabalha na luz não fecha o caminho de ninguém, muito menos de seu aparelho de ação, aceite suas imperfeições!
"Estou na Umbanda porque tenho mediunidade forte" - Saia da Umbanda irmão! A Umbanda não é competição do mais forte ou fraco, mediunidade não tem medida, o que te motiva é a simples vaidade e cegueira por poder. Procure um circo!
"Estou na Umbanda porque tenho karma" - Saia da Umbanda irmão! A Umbanda não lhe dará quitação kármica, quem faz isso são suas ações fora da Umbanda. Procure um voluntariado, orfanato, asilo, enfim, uma forma de ajudar que terá mais êxito.
"Estou na Umbanda porque pessoas precisam de minha ajuda" - Saia da Umbanda irmão! Você é apenas mais um médium, você não tem poderes mágicos, na Umbanda só existem tarefeiros e trabalhadores. Você está motivado pelo deslumbramento não pela caridade.
"Estou na Umbanda porque quero prestar a caridade" - Saia da Umbanda. Quem presta a caridade não é você e sim os seus guias através da sua mediunidade. Você é um INSTRUMENTO DA CARIDADE DIVINA.
"Estou na Umbanda em busca de autoconhecimento, de entendimento da minha missão na TERRA enquanto encarnado e usar minha mediunidade em prol do meu progresso e dos que necessitam" - Fique na Umbanda.
A mediunidade é uma bênção a quem a recebe e a quem se beneficia dela.

O SACERDÓCIO NA UMBANDA . "Na Umbanda o sacerdócio é uma missão, e não uma diversão ."




Sacerdócio não é ter um comportamento que concorda com tudo para ser simpático, ser um sacerdote não é ter olhos azuis para preencher um padrão de beleza, é ter um olhar que educa, adverte, é ter um olhar sem compromisso de agradar.
Ser um sacerdote, não é ser bonzinho, não é ser aquela pessoa de um sorriso fácil, ser um sacerdote é compactuar com o acerto, é o manifestar distancia do não aceitável, é a condição de ter autoridade para opinar.
Ser um sacerdote é ter a coragem de dizer à palavra que não quer ser ouvida, é ter a personalidade fundamentada na fé, é ter a humildade para voltar a trás, é ter a força para seguir em frente.
Ser um sacerdote é divergir dos equivocados, é aplaudir os que encontraram o caminho, é se sentir muito bem acompanhado mesmo estando sozinho.
Um sacerdote é fiel a tudo que ele acredita, não busca aplausos e nem recompensa financeira, ser um sacerdote é se tornar exemplo mesmo sem saber que seus gestos são imitados, ser um sacerdote é ter um comportamento comum, é ser um reflexo da sua fé.
Ser um sacerdote é ser um exemplo diferente de tudo que é exposto, ser um sacerdote é ter a coragem e não ceder a um impulso, é seguir normas, é atender o lamento não proferido, é entender o gesto contido, é se antecipar ao anseio do sofrido.
Ser um sacerdote é acreditar que vai dar certo, pelo simples prazer da fé, ser um sacerdote é representar uma religião, mesmo nos momentos que você não é um religioso, ser um sacerdote é querer a verdade, é ter princípios, é acreditar no que você não vê, com a certeza que existe, é ver o diferente com os olhos iguais, é acreditar que o seu existir é a sua fé.
Ser um sacerdote é viver a vida sem ambição monetária, é a convicção da razão do seu existir.
Um sacerdote é aquele que aceita o seu destino, sem questionar as forças que o mantém vivo, é ser um instrumento, é produzir um som em harmonia com o universo, é ter a natureza como inspiração é ter o amor como combustível é ver em um irmão uma extensão do Criador.
Ser um sacerdote não é escolher o caminho, é aceitar ser escolhido, ser um sacerdote, é abrir mão do bem estar, é estar bem sem estar, é estar disposto a ajudar.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A Mediunidade é uma Missão?




Salve, Amigos na Luz.
Uma pessoa me perguntou: Tem algum pré-requisito para reencarnar como Médium?
Um médium, na maioria das vezes, vem em uma família que tem sensibilidade mediúnica (desenvolvida ou não), pois, deste modo, geneticamente, seu corpo físico teria melhores condições para se desenvolver na encarnação atual dentro destas mesmas características de sensibilidade do Corpo Emocional.
O médium de missão no plano espiritual foi aconselhado ou optou, dependendo do nível que o ser tenha, por vivenciar um processo no qual usaria sua capacidade mediúnica como instrumento da lei maior e da justiça divina para ajudar ao próximo, dentro do merecimento de cada um e assim, ao exercer esta tarefa, desgastar seu carma.
E importante lembrarmos que a missão daqueles que reencarnam como médiuns não e melhor ou pior que qualquer outra missão.
Exemplo, uma pessoa que veio com missão para ser medico, e neste caminho ajudar o próximo também, esta pessoa pode vir dentro de uma família que o ajudará no caminho que ele escolheu no plano espiritual, características estas que podem ser: material (família com condição financeira), genéticas (ter uma destreza nas mãos para ser um cirurgião ou ter uma capacidade intelectual fora da media), etc.
De uma forma ou outra, o universo dá à pessoa condição para que ela possa, com sua força de vontade e livre arbítrio, realizar a missão que assumiu no plano espiritual.
Ainda no plano espiritual, já existe a sintonização vibracional dos seres com suas entidades, que se prepararam para nesta vivência, serem seus mentores diretos.
E se durante sua encarnação, dentro de seu livre arbítrio, a pessoa não busca o caminho da mediunidade, a evolução direciona as entidades (mentores) que trabalhariam com aquele médium para outro com frequência especifica condizente a missão das entidades (mentores).
E ai, acontece o maior problema, pois aquela pessoa que veio para vivenciar uma encarnação como médium traz um corpo físico que gera energias especificas para doação, sua genética: voltada a recuperar energias muito rapidamente (Trabalho em nível de corpo emocional), com sensibilidade aumentada na pineal, geração de ectoplasma de forma superlativa, etc.
Esta pessoa que se fecha para o caminho mediúnico ou qualquer outro caminho que possa permitir a doação ou o emprego destes níveis de energia acaba represando-a. Como esta energia não flui, assim como ela, a pessoa ficara estagnada, sua vida também não fluirá.
Dai que alguns, com falta de conhecimento dizem: “Suas entidades estão fazendo sua vida ir para trás.”, o que e algo descabido, pois seres de Luz não fariam isso a ninguém, muito menos para o Médium que vem numa jornada espiritual. Eles respeitam o livre arbítrio.
Algumas pessoas podem perguntar: por que Deus permite que este travamento aconteça?
Ele criou estas possibilidades, estes processos, para que as pessoas sejam de uma forma ou de outra, levadas para o aprendizado necessário no caminho de sua evolução.
Lembrando sempre a máxima: “O Aprendizado vem Pelo Amor ou pela Dor”
Eu ainda completaria, também pelo Conhecimento.
Que Deus abençoe a todos que necessitam do caminho da mediunidade para ajudar ao próximo e a si mesmo.
Paz e Luz em sua jornada de autoconhecimento.
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Eterno Aprendiz Espiritual (Facebook e Blogspot)
O encontro com o Criador que existe em cada um de nós
http://eternoaprendizespiritual.blogspot.com.br/

OS 9 PONTOS CENTRAIS DA FÉ UMBANDISTA







Ao contrário do que muitos pensam, a diversidade do universo umbandista permite um mínimo de unidade doutrinária, de ritos, usos e costumes uniformes que caracterizam a maioria das práticas umbandistas. Pode-se afirmar, sem exclusões traumáticas, que isso ocorre ao natural na maior parte dos centros por este Brasil afora, cada dia se fortalecendo mais, desde o advento histórico do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Ei-las, como já havíamos ditado em outra obra:

1- A umbanda crê em um Ser Supremo, o Deus único, criador de todas as religiões monoteístas. Os sete orixás são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

2 - O propósito maior dos seres criados é a evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se efetiva pelas vidas sucessivas: a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

3 - Existe uma Lei de Justiça universal, que determina a cada um colher o fruto de suas ações, conhecida como Lei do Carma.

4 - A umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e devemos fazer a cada um aquilo que gostaríamos que fosse feito a nós.

5 - A umbanda possui identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles.

6 - A umbanda está a serviço da Lei Divina e só visa ao bem. Qualquer ação que não respeite o livro-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém ou se utilize de magia negativa, não é umbanda.

7 - A umbanda não realiza em qualquer hipótese o sacrifício ritualístico de animais nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

8 - A umbanda não preconiza a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às forças da natureza implica preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

9 - Todo o serviço da umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimentos, consultas ou trabalhos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

FONTE: “A Missão da Umbanda”, Espírito Ramatís, p. 69-70

OS TRÊS OBSESSORES

Um homem chegou a um Terreiro de Umbanda muito desconfiado de que estava com vários obsessores. Ele contou sua história para Preto Velho que prestava a caridade no centro. Revelou sua crença de que os obsessores haviam convencido sua esposa a terminar com ele. Revelou que os obsessores estavam travando sua vida e que ele não conseguia mais seguir em frente pois estava sentindo muito medo. Revelou também que não queria mudar, pois sua vida estava confortável do jeito que estava, e que os obsessores estavam fazendo de tudo para desestabiliza-lo.
O Preto Velho, dentro de sua humilde sabedoria, resolveu" iniciar os trabalhos". Fechou os olhos e ficou alguns minutos concentrado para fazer a "desobsessão". Depois abriu os olhos, olhou para o homem e disse:
– Filho de fato, há três obsessores com você, mas eles são muito poderosos e não posso tira-los.
O homem ficou com medo e pensou que estava arruinado, pois se nem o Preto Velho conseguia tira-los, sua vida seria arrasada pelos espíritos negativos. “Quem são esses obsessores?” perguntou o homem. O Preto Velho  respondeu:
– São três os seus obsessores:
– O primeiro obsessor é o apego. Sim, o apego que você tem em relação a sua esposa. Ela já terminou com você e mesmo assim você fica insistindo num casamento que já deu claros sinais de término. O apego é um grande obsessor, um dos maiores dos seres humanos.
– O segundo obsessor é o medo. Esse é um obsessor fortíssimo, pois paralisa a vida de filhos e não os deixa caminhar. É outro grande obsessor do ser humano.
– O terceiro obsessor que está em você é a acomodação. Sim, a acomodação vem da preguiça ou de uma fuga dos problemas, e a acomodação os faz estagnar, parar e até mesmo morrer por dentro. Uma pessoa acomodada costuma abdicar de suas forças para lutar e fica presa dentro do próprio conformismo que criou.
– Esses são os seus três obsessores. Eles não são espíritos e não há


nenhum desencarnado com você. Esses e outros obsessores vivem no coração do ser humano, e somente ele pode dissolve-los para sempre. Se vier algum espírito sombrio, ele só poderá agir em você ativando alguns desses obsessores internos. Por isso que eu disse que nada posso fazer para remove-los, pois somente você é capaz de gerar essa transformação em ti mesmo.
Quais são seus maiores obsessores? Não importa quais sejam. Você pode vence-los através da libertação e do despertar espiritual.

A "Escola da Vida", fundada pelo Caboclo Mirim e sua ritualistica >

ALGUNS MÉDIUNS DEVERIAM LER, RELER TODOS OS DIAS, QUEM SABE ASSIM CONSEGUIRIAM ASSIMILAR AOS POUCOS O QUE REALMENTE SIGNIFICA A RITUALÍSTICA ESCOLÁSTICA DO CABOCLO MIRIM.
Ritualística
A "Escola da Vida", fundada pelo Caboclo Mirim, possui uma ritualística diferente das conhecidas. De acordo com os seus ensinamentos, há iniciados do Primeiro ao Sétimo grau de iniciação. Estes graus são atribuídos aos médiuns e não às Entidades. Estes graus estão classificados em tupi-guarani, desta forma:
Bojá-mirim - 1º grau: Médiuns iniciantes. Estes médiuns estão em desenvolvimento e devem procurar ensinamentos com os médiuns dos demais graus superiores e se aperfeiçoarem moralmente, evitando vícios de todas as espécies e desequilíbrios de qualquer ordem. Devem, ainda, estar firmes em seus propósitos de desenvolvimento, evitando que sugestões de espíritos inferiores cheguem às suas mentes em forma de sensação, pois os espíritos inferiores não gostam de iniciantes que se propõem a um desenvolvimento mediúnico sério para futuramente desfazerem os trabalhos de magia negra que estes espíritos inferiores teriam feito.
Bojá - 2º grau: Médiuns de Banco. São os responsáveis pelo descarrego de energias negativas e pela doação de fluido vital para os espíritos necessitados que passarem pelo seu corpo durante uma sessão de caridade espiritual. Estes médiuns, assim como os iniciantes, devem estar atentos aos pensamentos de desestímulo em relação à continuidade de seu caminho na Umbanda, evitando assim que espíritos inferiores atrapalhem sua caminhada. Devem ser assíduos, estando na sua tenda sempre que possível para prestarem sua caridade.
Bojá-Guaçu - 3º grau: Médiuns de Terreiro. São médiuns passistas. Este grau é uma grande mudança em relação às responsabilidades do médium no Terreiro, pois o médium deve saber aplicar um passe, a forma ideal de aplicá-lo, e os devidos resguardos antes da sessão.
Abaré-mirim - 4º grau: Sub-chefes de Terreiro. São médiuns que, além de já estarem firmes no passe e com conhecimento suficiente sobre a dinâmica das sessões e passarão a tomar conta do terreiro, orientando os médiuns de graus anteriores.
Abaré - 5º grau: Chefes de Terreiro. São médiuns que devem orientar os médiuns de graus anteriores sobre como proceder nos passes. Além disso, é neste grau que se inicia a trajetória do médium para consultas espirituais. Adicionalmente, médiuns deste grau já devem ter responsabilidades com os demais médiuns de graus anteriores durante as sessões e giras, orientando-os sempre que necessário.
Abaré-Guaçu - 6º grau: Sub-comandante chefe de terreiro. São médiuns que estão se preparando para Escola de Comando. Devem focar em obter experiência da ritualística dos trabalhos espirituais e se preparar para aprender a comandar sessões.
Morubixaba - 7º grau: Comandante chefe de terreiro. São os médiuns comandantes de terreiro. São os dirigentes de sessão e devem orientar todos os demais graus.